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SÃO PAULO – Uma boa educação começa em casa, inclusive quando o assunto é finanças. Mas será que os pais são realmente conscientes de como o seu comportamento quando o assunto é dinheiro pode atrapalhar a formação financeira dos seus filhos?
Hoje em dia, cada vez mais a sociedade vem se preocupando com a educação financeira dos jovens. Já existem até mesmo projetos de lei tramitando na justiça para que as escolas sejam obrigadas a ministrar aulas sobre o tema.
No entanto, não adianta achar que terceirizar esse tipo de educação vai resolver o problema, isso porque, “o exemplo de casa é absolutamente fundamental”, avalia especialista do MoneyFit, André Massaro.
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Segundo Massaro, a educação financeira tem papel limitado nas escolas e, se ela não tiver uma retaguarda familiar, terá poucas chances de ser bem sucedida. “É a mesma coisa que achar que apenas as aulas de educação física farão com que as crianças fiquem menos obesas”, compara o especialista.
Os pais precisam saber aliar a educação financeira dos seus filhos com um bom exemplo doméstico, pois aulas sobre o tema acabam sendo improdutivas se em sua casa o jovem se depara com padrões completamente descontrolados de consumo, com pais endividados e que não praticam nenhum tipo de economia ou planejamento econômico.
O consumo supérfluo
Em alguns casos, é completamente justificável uma família precisar recorrer às dividas por conta de dificuldades financeiras. No entanto, o perigo está quando a dívida cai na classificação de “dívida nociva”.
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Aqui, o endividamento acontece para realizar compras de bens supérfluos, com objetivo, por exemplo, de manter as “aparências”, aparência esta que nem sempre corresponde ao real poder aquisitivo da família.
É recorrente pais que não se importam em contrair dívidas para comprar produtos caros, mas não necessários, como televisões de plasmas ou mesmo automóveis tendo como objetivo se mostrar para os outros. Massaro explica que esse comportamento pode estragar os jovens, “coisas supérfluas transmitem ao jovem a ideia de que temos que nos comparar com os outros”, afirma.
Mesada
A mesada ainda é a maneira mais interessante para iniciar os jovens no mundo das finanças. Na hora de avaliar a melhor forma de como entregar esses recursos a seus filhos, vale a pena consultar a ajuda de um pedagogo ou um psicólogo. Os profissionais são as melhores fontes de orientação quando existem dúvidas como se a mesada deve ou não ser condicionada ao desempenho escolar, por exemplo.
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No entanto, algumas dicas já podem ser colocadas em prática. Primeiro, a mesada tem que ser dada em dinheiro. “Cartão de crédito é coisa de adulto”, avalia Massaro. Além disso, é imprescindível que os pais orientem seus filhos a planejar seus gastos.
O especialista avalia que há, sim, a necessidade de que os pais orientem seus filhos a administrar o dinheiro da mesada. No entanto, não se deve cobrar o jovem a respeito de como o dinheiro está sendo utilizado. “É importante que ele viva a experiência financeira”, pontua Massaro.