Ministro fala em aumento gradativo da mistura de biodiesel ao diesel

Tema será discutido nesta semana pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)

Estadão Conteúdo

Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu, nesta segunda-feira (27), o aumento gradual da mistura mínima de biodiesel ao diesel até alcançar o porcentual obrigatório de 15% do biocombustível no óleo diesel (mandato B15). “Estamos falando muito desse assunto e é muito importante ouvir a ciência também. Primeiro da forma gradativa de voltarmos até B15, com B12, B13 ou B14 atendendo a demanda de mercado, a capacidade da indústria e também ouvindo a ciência para que a ciência valide o B20 num futuro próximo”, disse Fávaro a jornalistas na noite desta segunda-feira.

“Tudo isso será amplamente debatido, mas certamente a produção de combustíveis renováveis e sustentáveis será fortalecida no governo Lula”, afirmou.

O aumento da mistura de biodiesel no diesel é defendido pelos Ministérios da Agricultura e da Indústria e Comércio, além da indústria do biodiesel. O calendário de elevação da mistura deve ser discutido nesta semana pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que debaterá a manutenção ou revisão das metas atuais. No momento, até 31 de março, prevalece no mercado o mandato B10, ou seja, a mistura mínima obrigatória de 10% de biodiesel no diesel. A partir de abril, conforme a legislação prevê, a mistura mínima deve ser elevada para 15% (mandato B15).

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Fávaro afirmou que o governo está discutindo a elevação da mistura mínima obrigatória e que na quarta-feira se reunirá com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para debater o tema. “Estamos discutindo e estamos falando com o setor”, acrescentou.

O ministro também comentou sobre a reoneração dos impostos federais sobre os combustíveis, decidida pelo Ministério da Fazenda, e parabenizou o ministro Fernando Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela decisão da retomada gradativa das alíquotas.

“É muito difícil falar em oneração, mas temos que pensar em dois aspectos. Primeiro, o Brasil precisa ter responsabilidade fiscal e não dá para fazer política pública de desoneração atrelada a populismo. O segundo ponto é garantir sustentabilidade ao programa histórico de etanol (Renovabio)”, observou. Fávaro lembrou que o biocombustível perde sua competitividade ao ter alíquotas zeradas como a dos combustíveis fósseis. “O presidente Lula e o ministro Haddad estão cumprindo a legislação brasileira de incentivo à energia limpa e renovável.”

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