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A operadora de turismo CVC (CVCB3) liderou as perdas do Ibovespa nos negócios desta sexta-feira (10). Os papéis fecharam em baixa de 17,75%, a R$ 3,43.
Nesta sexta-feira (10), a companhia que alcançou acordo com a maioria dos debenturistas da quarta emissão e com todos os detentores de títulos de dívida da empresa de quinta emissão, num acerto que envolve até R$ 900 milhões em débitos.
A companhia disse em fato relevante ao mercado que 75% dos debenturistas da quarta emissão aceitaram o acordo, que permitirá redução do endividamento bruto da empresa.
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Segundo a CVC, o reperfilamento envolve adiamento de prazos de vencimento dos títulos para 3 anos e 6 meses e amortização de 10% a 20% do saldo devedor, além de pagamento de juros.
A empresa também terá que fazer um aumento de capital até o final de novembro deste ano de pelo menos R$ 125 milhões. Se isso não acontecer, a CVC terá de fazer um aumento de capital de até R$ 200 milhões até o final do ano com o “objetivo de capitalizar os créditos representados pelas debêntures existentes reperfiladas”.
O preço do aumento de capital deverá ficar entre R$ 3,50 por ação e um deságio de 20% sobre a cotação média de fechamento dos papéis nos 30 dias corridos anteriores à data de aprovação da operação.
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Além disso, o acordo prevê que as debêntures reperfiladas terão covenants financeiros que limitam o dividendo da empresa em 25% ao ano e o investimento da companhia em 125 milhões de reais por ano. O covenant de alavancagem é de até 3,5 vezes até 2024, até 3 vezes a partir de março de 2025 e 2,5 vezes a partir de março de 2026.
Na avaliação do JP Morgan, o reperfilamento da dívida é positivo para a estrutura de capital da CVC. “São boas notícias, que de fato aliviam restrições de liquidez da companhia”, escreveram os analistas. A casa tem recomendação neutra para os papéis CVCB3.
Cabe destacar que, no acumulado do mês de março, as ações da CVC sobem 37,62%; na semana, os ganhos em quatro pregões (entre segunda e quinta) somaram 48,93%, em meio às notícias anteriores de negociações para a reestruturação de dívida, em linha com o reperfilamento feito por Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) nos últimos dias que levaram a uma forte alta das ações das aéreas.
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(com Reuters)