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A CCR (CCRO3) anunciou na última segunda-feira (13) Miguel Setas como seu novo CEO. A XP Investimentos classificou o anúncio como positivo, afirmando que Setas tem extensa e positiva experiência global em segmentos de infraestrutura regulada (mais de 25 anos, incluindo 13 no Brasil), além de ser um bom presságio para as recentes melhorias nos padrões de governança corporativa e gestão da CCR.
Analistas da XP também destacaram que o anúncio marca o fim de uma busca de sete meses por um novo CEO, desde que Marco Cauduro surpreendeu o mercado ao deixar a empresa, e deve permitir a continuidade dos recentes desenvolvimentos corporativos positivos da CCR.
Segundo relatório da XP, investidores de buyside compartilharam impressões positivas de Setas e do anúncio. Os principais pontos positivos mencionados foram: “(i) alocação de capital em (a) transmissão (com execução positiva e retornos de valor agregado) e (b) programas de recompra de ações; (ii) forte perfil institucional, que deve auxiliar o relacionamento com o mercado e a agenda de comunicação da CCR; e (iii) um histórico positivo de liderança em funções anteriores de nível C”.
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O Bradesco BBI também avaliou a chegada do novo CEO como positiva, pois encerra o processo de sucessão. No entanto, o banco não espera mudança significativa na estratégia da CCR daqui para frente. “A empresa deve manter sua disciplina financeira em termos de novos leilões, devido às taxas de juros mais altas e às incertezas macroeconômicas, mantendo a alavancagem financeira sob controle, abaixo de 3,5 vezes”, diz o BBI.
O Goldman Sachs manteve recomendação de compra para CCR e preço-alvo de R$ 14,10, pois vê a empresa com uma avaliação pouco exigente (TIR do patrimônio real de 12%, contra 6% dos rendimentos dos títulos vinculados à inflação) e como uma forma de os investidores se posicionarem para um cenário de pico de juros no Brasil.
No entanto, analistas reconhecem que taxas de juros potencialmente mais altas por mais tempo no Brasil podem ser um vento contrário ao nome no curto prazo, dada a falta de catalisadores.
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Já o BBI manteve classificação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para ações da CCR, com preço-alvo de R$ 17,00.
A XP Investimentos, por sua vez, reiterou sua recomendação neutra, principalmente com base na incerteza macro e na falta de gatilhos positivos.