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LONDRES (Reuters) – O colapso dramático do Silicon Valley Bank e a turbulência do mercado que ele desencadeou fazem parte da “batalha entre fogo e gelo” nos esforços globais para conter a inflação após anos de dinheiro fácil, disse o copresidente do Morgan Stanley, Ted Pick, nesta terça-feira.
Os aumentos acentuados nas taxas de juros pelo Federal Reserve e outros bancos centrais para combater os crescentes preços ao consumidor inevitavelmente levaram a surtos de estresse, disse Pick na Morgan Stanley European Financials Conference, acrescentando que os bancos norte-americanos SVB e Signature Bank foram vítimas dessas circunstâncias.
“Isso faz parte do processo de girar o botão para apertar as condições financeiras e garantir que estamos no caminho certo para normalizar um mundo com taxas de juros mais altas”, disse Pick.
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“Mas pode muito bem haver surpresas, pode muito bem haver reações”, disse ele, acrescentando que o mercado está no meio de uma luta para “matar a inflação” que será travada em 12 a 18 meses.
O executivo-chefe do Lloyds, Charlie Nunn, disse anteriormente ao evento que os bancos britânicos ainda não estavam vendo uma “voo para a qualidade” nos depósitos entre clientes nervosos com a segurança dos seus recursos após o colapso do SVB.
Os principais bancos dos Estados Unidos, incluindo JPMorgan e Citigroup, viram uma onda de clientes solicitando a transferência de suas contas para bancos maiores, informou o Financial Times nesta terça.
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Os analistas do Goldman Sachs disseram em nota na segunda-feira que o estresse bancário dos Estados Unidos pode se espalhar diretamente para os bancos europeus.
O Santander foi descrito como a única instituição com “exposição significativa” aos detentores de depósitos dos Estados Unidos, com cerca de 12% do total de depósitos nos Estados Unidos, enquanto o HSBC tinha 6% e o Barclays tinha 8% nas Américas como um todo, disse a pesquisa.