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Com queda de mais de 50% no acumulado dos últimos 12 meses, o FII XP Properties (XPPR11) anunciou a venda de cerca de nove mil metros quadrados de lajes corporativas do portfólio. Pelos espaços, o fundo receberá R$ 200 milhões, aponta fato relevante divulgado nesta quinta-feira (23).
Segundo o documento, a área negociada abrange quatro dos cinco imóveis do (XPPR11), são eles:
Imóvel | Localização | Participação do fundo vendida (%) | ABL (m²)* | Taxa de vacância (%) |
Faria Lima Plaza | São Paulo (SP) | 25 | 4.146 | 38 |
Módulo Rebouças | Barueri (SP) | 100 | 1053 | 0 |
Itower | São Paulo (SP) | 12,9 | 3038 | 32,3 |
Box 298 | São Paulo (SP) | 100 | 886 | 100 |
Fonte: FII XPPR11
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(*)Área bruta locável
O cronograma de pagamento prevê uma parcela inicial de R$ 75 milhões e o saldo remanescente – de R$ 125 milhões – seria dividido em seis parcelas semestrais, uma de aproximadamente R$ 37,8 milhões e cinco de R$ 17,4 milhões.
De acordo com cálculos da gestão do XP Properties, a transação gera um ganho de capital de R$ 3 milhões, equivalente a R$ 0,41 por cota.
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Os recursos da transação serão usados para a amortização de dívidas do fundo, aponta o comunicado divulgado ao mercado.
Entre as obrigações financeiras do fundo atualmente, estão R$ 67 milhões referentes ao saldo remanescente da compra de participação no Faria Lima Plaza e R$ 597 milhões em compromissos relacionados a certificados de recebíveis imobiliários (CRI).
O montante das obrigações, de acordo com fato o relevante divulgado pelo (XPPR11), representa hoje 57% do total de ativos da carteira. Com a amortização, o percentual deverá cair para 48%.
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“[A amortização] torna a estrutura de capital do fundo mais eficiente ao reduzir as despesas financeiras da carteira”, explica comunicado ao mercado.
Com a transação, a área bruta locável (ABL) do fundo passa de 75,6 mil metros quadrados para 66,5 mil metros quadrados. A receita de locação mensal cai de R$ 3,4 milhões para 2,8 milhões, como sinaliza a imagem abaixo:
Com uma taxa de vacância superior a 40%, o XPPR11 cortou em quase 70% o dividendo distribuído aos cotistas em março. O fundo anunciou pagamento de R$ 0,10 por cota – contra R$ 0,30 do mês anterior.
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Em relatório gerencial, a carteira já sinalizava a possibilidade de redução nos rendimentos repassados aos investidores.
“Em função do cenário bastante desafiador, o fundo está sujeito a eventuais reduções na distribuição de rendimentos ao longo do ano”, destacava o texto. “Novidades serão tempestivamente comunicadas ao mercado”.
De acordo com a gestão do XP Properties, a ocupação das áreas vagas no segmento corporativo segue abaixo das expectativas do mercado. Os gestores relacionam o cenário com o legado trazido pela pandemia da Covid-19, que reduziu a circulação nos escritórios, e o próprio cenário macroeconômico.
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O comprador dos imóveis do XPPR11 foi o também fundo imobiliário Corporate Office Properties (COPP11), que possui apenas oito cotistas. A carteira confirmou a negociação em fato relevante divulgado no dia 24 de março de 2022.
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