Itaúsa (ITSA4) tem recomendação de compra reiterada por Credit Suisse

Preço-alvo passou de R$ 12,55 para R$ 10 devido a uma taxa livre de risco mais alta,

Felipe Moreira

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O Credit Suisse reiterou recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para ação da holding Itaúsa (ITSA4), controladora do Itaú Unibanco (ITUB4), pois o papel continua a oferecer um potencial de valorização atrativo de 23% em relação ao novo preço-alvo de R$ 10.

Com base no desconto atual de 19,5% na avaliação por soma das partes (SOTP, na sigla em inglẽs) da companhia, que está abaixo da média de 21,6% e do desconto justo de 23% sugerido pelo modelo estatístico do banco suíço, analistas acreditam que o desconto de assimetria de risco não está significativamente a favor da Itaúsa para justificar a exposição ao Itaú Unibanco por meio de Itaúsa.

No entanto, com seus grandes investimentos já anunciados ou realizados, Credit Suisse vê a “holding com uma postura positiva de focar em: desalavancagem por meio da venda de ações XP; trabalhando para trazer o pagamento a níveis históricos de 35-40%; e buscando oportunidades valiosas de investimentos não financeiros”.

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A Itaúsa está negociando a 5,8 vezes Preço/Lucro para 2023 (5,4 vezes 2024), um desconto de 29% em relação à média histórica e com um dividend yield de 6,9% para 2023 (6,5% para 2024).

O Credit Suisse elevou a previsão de lucro líquido recorrente da Itaúsa de R$ 12,5 bilhões para R$ 13,6 bilhões em 2023 e introduziu um valor de R$ 14,7 bilhões para 2024, montante 3% acima do consenso Refinitiv para este ano e 3% abaixo para 2024.

Segundo relatório, o Itaú Unibanco deve continuar ser o principal impulsionador do crescimento de resultados da Itaúsa, mas também destaca expectativas de melhores de resultados para Copa Energia e Alpargatas, embora com baixas expectativas de mercado para Dexco e menor receita de equivalência relacionada a XP em menor participação. Com isso, o preço-alvo foi cortado de R$ 12,55 para R$ 10 devido a uma taxa livre de risco mais alta, o que implica uma alta atraente de 23% em relação aos níveis atuais, justificando uma classificação outperform.

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Do lado negativo, analistas apontam que o “fim dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) e mudanças na tributação de dividendos para empresas podem afetar o desconto da holding; a diversificação malsucedida do portfólio é o principal risco da holding, o que pode levar a menores lucros e redução da capacidade de pagamento de dividendos”.