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Após quatro sessões consecutivas de baixa, o dólar fechou em alta ante o real nesta segunda-feira, em sintonia com o exterior, onde a moeda norte-americana também ganhava terreno, e com os investidores à espera do envio do novo arcabouço fiscal ao Congresso, adiado para terça-feira.
No exterior, em função de dados econômicos positivos recentes, cresceram as apostas de que o Federal Reserve elevará os juros em sua próxima reunião de política monetária. Durante a tarde, o percentual das chances de aumento de 0,25 ponto percentual, implícitas nos contratos futuros de juros nos EUA, já eram de 88%, o que dava força ao dólar ante diversas moedas de países exportadores de commodities.
No Brasil, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,938 na venda, em alta de 0,44%. Apesar do avanço, a moeda norte-americana permaneceu abaixo da linha psicológica dos R$ 5 pela quarta sessão seguida.
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Na B3, às 17:06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,53%, a R$ 4,9435.
Enquanto isso, investidores domésticos aguardam a apresentação formal do projeto do novo arcabouço fiscal do governo ao Congresso.
“A atenção agora se volta aos detalhes de implementação do arcabouço, já que o debate no Congresso sobre o aumento de impostos e as letras miúdas do texto ainda serão revelados, o que pode trazer volatilidade caso haja forte resistência” à proposta do governo, disse Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury.
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“Vemos algum risco para a moeda (real) conforme as discussões do Congresso se desenrolam, mas acreditamos que os mercados estão mais preparados para isso e os fatores globais provavelmente dominarão”, acrescentou o especialista.
A tímida recuperação do dólar nesta segunda-feira vem depois de a moeda ter caído por quatro pregões consecutivos, acumulando baixa de quase 3%. Na última sessão, na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou em R$ 4,9162 na venda, mínima desde junho do ano passado.
Esse tombo recente tem sido atribuído por agentes do mercado à melhora do sentimento externo, à redução de temores fiscais locais e ao amplo diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, que dá ao real uma rentabilidade atraente para investidores estrangeiros.
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Além disso, segundo Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), os dados fortes da balança comercial doméstica “ressaltam como o balanço de pagamentos do Brasil mudou fundamentalmente para um lugar muito bom”, o que sustenta a visão do instituto de que o “valor justo” do real está em R$ 4,50.
(com Reuters)