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A Gerdau (GGBR4) surpreendeu positivamente analistas de mercado com seu resultado do primeiro trimestre de 2023, divulgado na manhã desta quarta-feira (3). Para o restante do ano, para o bem e para o mau, executivos da companhia esperam um cenário de estabilidade.
“A Gerdau divulgou seus resultados com Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês] ajustado chegando a R$ 4,3 bilhões, alta de 19% no trimestre e 11% acima do nosso consenso e 8% acima do consenso da Bloomberg”, dizem os analistas do Credit Suisse.
De acordo com a equipe, chefiada por Vanesa Quiroga, os resultados na América do Norte e no Brasil surpreenderam positivamente.
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“Enquanto a Gerdau North America registrou um Ebitda de R$ 2,3 bilhões, com uma margem notável de 30,2%, a Gerdau Brasil teve um forte expansão de margem de 4,4 pontos percentuais, para 15,4% levando o Ebitda a R$ 1,06 bilhão. Ambas as divisões acabaram apresentando custos abaixo do esperado, pois os embarques maiores permitiram uma diluição de custos mais eficiente”, justificam.
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O Morgan Stanley vai na mesma linha, destacando, porém, que o resultado financeiro e impostos impactaram negativamente a linha mais baixa do balanço – que conta com o lucro líquido ajustado, que foi de R 2,3 bilhões, baixa de 18,8% na comparação ano a ano.
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“O Ebitda ajustado, de R$ 4,3 bilhões, ficou 8% acima do consenso e 3% acima da nossa estimativa. O Ebitda acima em relação ao nosso número foi impulsionado por custos mais baixos, que mais que compensaram receitas menores e despesas SG&A [Vendas, gerais e administrativas, na sigla em inglês] mais altas”, diz o time do banco americano, liderada por Carlos de Alba.
O Bradesco BBI, por fim, diz que continua a esperar resultados sólidos nos EUA, enquanto o Brasil deve melhorar gradativamente nos próximos meses.
De forma geral, os executivos da companhia afirmaram que esperam, em 2023, um resultado em linha com o de 2022.
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“No Brasil, nos preços do metal, a maior dificuldade é com vergalhão, com prêmios menores. Temos enfrentado alguma dificuldade na recuperação da rentabilidade, mas está ocorrendo. Mas não é o único setor em que atuamos, é responsável por cerca de ⅓ do nosso negócio no mercado interno”, disse Gustavo Werneck, diretor executivo da Gerdau. “A demanda, porém, não é uma preocupação. Deve ser em linha ou um pouco acima do ano passado”.
Nos Estados Unidos, apesar das preocupações com a economia, o debate quanto à uma recessão vem sendo postergado.
“Além disso, diversos fatores nos fazem acreditar que haverá resiliência na demanda, com a companhia tendo grande exposição ao setor de construção de infraestrutura”, mencionou o CEO. “Os pacotes do governo americano, como o de infraestrutura, devem impulsionar a demanda pelos próximos cinco anos e não há entrada de novas capacidades, além de ser um setor com pouca participação de importação”, defendeu.
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Entre os destaques para a Gerdau no restante do ano está a melhora do capital de giro e do ciclo financeiro.