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A C&A (CEAB3) registrou um prejuízo líquido de R$ 126,3 milhões no primeiro trimestre de 2023, número 17,3% menor do que o déficit de R$ 152,7 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
O recuo, em parte, acompanha uma alta de 3,7% da receita líquida, que chegou a R$ 1,24 bilhão. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) saltou de um número negativo em R$ 4 milhões para um positivo em R$ 81,2 milhões.
“A receita líquida de varejo foi de R$ 1.161,4 milhões, com crescimento de 2,7% e representando 93,6% do total, e a receita de produtos e serviços financeiros foi de R$ 79,2 milhões, crescimento de 19,5%”, abre a C&A no documento publicado na noite desta quinta-feira (11).
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No varejo, de acordo com a varejista, houve um bom desempenho do segmento de vestuário entre janeiro e março deste ano – justificado pelo sucesso da coleção. Já nos serviços financeiras, destaque para o crescimento do C&A Pay.
A margem bruta do varejo cresceu 2,7 pontos percentuais no ano, chegando a 47%.
“A margem bruta de mercadorias ficou em 48,1%, um aumento de 3,1 pontos percentuais. Este resultado é consequência da melhoria das margens tanto em Fashiontronics e beleza, como em vestuário”, debate a C&A. “A margem bruta de vestuário ficou em 53,1%, um aumento de 2,1 pontos em função da constante evolução da precificação dinâmica e da contínua captura do benefício da distribuição push-pull.”
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As despesas operacionais, por sua vez, recuaram 12,5% no ano, ficando em R$ 499,1 milhões no primeiro trimestre de 2023.
“As despesas com vendas foram R$ 393,3 milhões, redução de 11,9%. A principal justificativa foi o investimento com marketing, que apresentou redução de 68,6% no ano, reflexo principalmente do não patrocínio ao programa BBB”, explica.
Os serviços financeiros da C&A, por fim, impactaram a margem de forma levemente negativa.
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“Como já mencionado, a receita líquida de serviços financeiros no trimestre foi de R$ 79,2 milhões, 19,5% ao primeiro trimestre de 2022. em função do bom desempenho do C&A Pay, que mitigou a significativa queda de receita observada na parceria Bradescard. A queda na contribuição da parceria está relacionada ao cenário macroeconômico de maior inadimplência que vem impactando bancos e varejistas”, fala. “A provisão para perdas da operação do C&A Pay foi de R$ 44,1 milhões no trimestre, em função da maturidade da carteira, ainda em formação. As despesas totais foram de R$ 58,1 milhões, montante 21,3% superior”.
O que pesou no resultado da empresa de moda, por fim, foi o resultado financeiro negativo em R$ 101 milhões, número 47,2% maior do que o prejuízo de R$ 68,6 milhões de um ano antes.
“Principalmente em função do aumento da despesa financeira com juros sobre empréstimos – consequência do aumento da dívida e do aumento da taxa CDI”, explica a C&A, que fechou março com um endividamento líquido de R$ 766,7 milhões.