Salada mais cara? Preço de alface e tomate sobe nas Ceasas do país, aponta Conab

Queda na oferta explica subida de valor do tomate em abril, segundo levantamento da estatal em 11 cidades

Estadão Conteúdo

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O movimento preponderante dos preços da batata, alface, cenoura e tomate foi de aumento em abril. O destaque foram as consideráveis altas nos preços do tomate. A cebola teve queda na maioria das Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas, mostra o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quarta-feira (17).

A pesquisa da Conab considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do país e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

Conforme a estatal, depois de registrar quedas durante todo este ano, os preços do tomate voltaram a subir de forma unânime e significativa. “A oferta do produto dentro das Ceasas caiu em torno de 15% em abril, puxando os preços para cima. Essa redução é explicada pela saída da produção da safra das águas que não foi compensada pela entrada da safra de inverno, que a partir de agora abastecerá as Ceasas”.

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Segundo a Conab, a transição de safras da batata também influenciou na oferta do tubérculo no atacado, provocando a alta nas cotações, movimento típico para a época do ano.

Para a cenoura, continua o movimento ascendente dos preços nas Ceasas. No entanto, o cenário sinaliza para uma inversão no início de maio. “O tempo mais firme, sem muitas chuvas, tem facilitado a colheita aumentando os volumes da raiz nos mercados, influenciando em uma queda de preços já verificada nas primeiras semanas deste mês”, diz a Conab.

Em abril, os preços da alface foram majoritariamente de alta. “A quantidade movimentada teve declínio em quase todas as Ceasas. A oferta dos estados produtores também teve queda”, justificou a estatal.

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Queda da cebola

Contrariando o comportamento das demais hortaliças, a cebola registrou uma nova queda de preço em abril, porém, em menor intensidade que nos meses anteriores. Apesar da oferta do bulbo ter caído 5,8%, ela ainda se mantém em níveis elevados, principal motivo para esta continuidade da queda.

“Com o bom volume da produção nacional, as importações de cebola no acumulado até abril de 2023 estão bem abaixo das registradas nos dois últimos anos, sendo 30% menor ao de 2022 e 50% inferior ao de 2021, considerando o mesmo período”, disse a Conab.

Frutas

Os preços das frutas mais comercializadas nos principais mercados atacadistas do país em abril registraram queda em comparação a março. O mamão foi o produto que registrou o maior porcentual de redução, uma média negativa de 9,21%.

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De acordo com a Conab, a baixa de preço do mamão é explicada pela maior oferta da variedade formosa, que causou impacto nos preços e também influenciou a redução das cotações do papaia, além da concorrência com frutas da época como tangerina poncã e caqui, entre outros fatores. “A tendência de queda continua sendo registrada nas primeiras semanas de maio nas Centrais de Abastecimentos (Ceasas) analisadas”, disse, por nota, o presidente da Conab, Edegar Pretto.

No caso da banana, além da diminuição dos preços, foi registrada queda na comercialização. Esse comportamento de preços mais baixos segue o histórico que mostra tendência de queda nas cotações no primeiro semestre do ano.

Cenário semelhante é verificado para laranja, maçã e melancia, com menores preços nos mercados atacadistas e redução também na comercialização registrada.

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Os dados estatísticos do Boletim Prohort da Conab foram levantados em 11 Ceasas localizadas em São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Curitiba (PR), São José (SC), Goiânia (GO), Brasília (DF), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Rio Branco (AC).

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