Haddad vai a Xangai no fim de maio para reunião do Banco dos Brics, presidido por Dilma

Será a primeira reunião comandada pela nova dirigente da instituição financeira, a ex-presidente da República Dilma Rousseff

Estadão Conteúdo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), discursa em cerimônia do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), no Palácio Itamaraty (Foto: Diogo Zacarias)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), discursa em cerimônia do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), no Palácio Itamaraty (Foto: Diogo Zacarias)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estará em Xangai nos dias 30 e 31 de maio para participar da reunião dos governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), o banco dos Brics, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Será a primeira reunião com os governadores do banco comandada pela nova dirigente do NDB, a ex-presidente da República Dilma Rousseff.

A reunião de Haddad com todos os ministros da Fazenda dos Brics, antecipada em março pela colunista do Broadcast Célia Froufe, será no mesmo mês em que o petista esteve em Niigata, no Japão, no encontro de ministros de Finanças do G7.

A proposta do encontro dos ministros com Dilma é fortalecer a parceria estratégica intra-bloco.

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A cúpula em Xangai virá em meio aos esforços do governo brasileiro em prestar socorro à Argentina, que atravessa uma forte crise econômica.

Na visita a Brasília do presidente argentino, Alberto Fernández, no início do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou que Dilma tenta alterar o estatuto do Banco dos Brics de modo a permitir uma ajuda financeira à Argentina que também beneficie o Brasil.

De acordo com o presidente, a ajuda do Banco dos Brics não precisa ser em empréstimo financeiro, mas em garantias para possibilitar o crédito por parte do Brasil às empresas nacionais que exportem para a Argentina.

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O atual regramento do banco – que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – não permite aportes a países de fora do bloco. Na ocasião, Lula já havia dito que Haddad teria de ir a Xangai para o encontro dos governadores do NDB.