Ifix completa dez semanas seguidas de ganhos e atinge maior patamar desde janeiro de 2020

O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta sexta-feira (16) com alta de 0,52%, aos 3.082 pontos. É o maior patamar do indicador desde a sessão do dia 27 de janeiro de 2020, quando o índice registrou 3.092 pontos.

Na semana, o Ifix registrou alta de 1,17% e completou a décima semana seguida de ganhos, conforme mostra a tabela abaixo.

“Toda essa melhora materializou-se principalmente em razão da percepção de que a trajetória da taxa de juros vai mudar tanto aqui quanto no exterior”, aponta relatório gerencial do Hedge Recebíveis Imobiliários (HREC11) divulgado esta semana.

No Brasil, a taxa básica de juros da economia, a Selic, subiu de 2% no início de 2021 para 13,75% ao ano em agosto de 2022 – nível que se mantém até hoje.

Quanto mais elevado o indicador, mais rentável se torna a renda fixa, que atrai os investidores da renda variável, inclusive os de fundos imobiliários. O movimento reduz a atratividade dos FIIs, que perdem valor na Bolsa.

Desta forma, a redução da Selic teria um efeito oposto, ou seja, favorável aos fundos imobiliários. E é justamente a possibilidade de uma taxa de juros menor nos próximos meses que tem animado o mercado.

“Os mercados já estimam que o início da queda dos juros começará na reunião de agosto do Comitê de Política Monetária do Banco Central”, confirma o relatório do HREC11. “E a nossa expectativa é que terminaremos o ano com a Selic próxima a 11,25%”, completa o texto.

Maiores altas desta sexta-feira (16):

Maiores baixas desta sexta-feira (16):

Fonte: B3

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Dividendos hoje

Confira a lista dos FIIs que distribuem dividendos nesta sexta-feira (16).

Fonte: StatusInvest

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Giro Imobiliário: Ao menos 3 FIIs negociam venda de imóveis por valores até 20% acima do preço justo

Negociações envolvendo a venda de imóveis têm movimentado a semana dos fundos imobiliários. Nos últimos dias, pelo menos quatro FIIs atualizaram o mercado sobre as transações dos ativos – que podem ser vendidos por valores até 20% acima do preço considerado justo.

O FII CSHG Real Estate (HGRE11), por exemplo, firmou compromisso para a venda do edifício Alegria, localizado no bairro do Brás, região central de São Paulo (SP). O negócio ainda está condicionado ao cumprimento de dispositivos previstos no contrato.

Pelo acordo, o fundo receberá R$ 70 milhões pelo imóvel de 19 mil metros quadrado, que atualmente está vago.

Se efetivada, a transação vai gerar um lucro de R$ 11 milhões, aponta cálculos da equipe de gestão. O montante equivale a aproximadamente R$ 0,93 por cota.

O valor total do negócio – sem considerar a correção monetária prevista – é 18,7% superior ao valor investido e 20,5% maior do que o valor contábil do imóvel, uma espécie de preço justo.

O cronograma de pagamentos prevê um desembolso inicial de R$ 3,5 milhões – dividido em quatro prestações semestrais. O saldo remanescente, de R$ 66 milhões, seria quitado de acordo com o fluxo de caixa gerado pela venda das unidades do empreendimento que será desenvolvido no local. Confira as demais negociações.