Tesouro Direto: taxa de prefixado curto cai para 10,55% com nova revisão para inflação no Focus

Agentes do mercado financeiro reduziram, novamente, as projeções para o IPCA deste ano. Juros dos títulos de inflação também caem

Leonardo Guimarães

Notas de real (Crédito: Shutterstock)
Notas de real (Crédito: Shutterstock)

Publicidade

Após recuperação na sexta-feira (16), as taxas dos títulos do Tesouro Direto voltam a cair nesta segunda-feira (19). Os prefixados sofrem queda mais acentuada enquanto investidores digerem o Boletim Focus e esperam a próxima decisão de juros no Brasil.

Dados divulgados pelo Banco Central hoje mostraram que agentes do mercado financeiro reduziram a estimativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) pela quinta semana consecutiva.

A estimativa do relatório Focus para o IPCA deste ano caiu de 5,42% para 5,12%. Já para o ano que vem, a previsão acumulou o terceiro recuo seguido, de 4,04% para 4%. A projeção para o PIB de 2023 também voltou a subir.

Continua depois da publicidade

No Tesouro Direto, destaque para o título prefixado com vencimento em 2026. A taxa do papel caía de 10,63% na sessão de sexta-feira para 10,55% ao ano na última atualização de hoje. Já o juro do Tesouro Prefixado 2029 tinha queda de 11,04% para 10,95%. O prefixado mais longo, com vencimento em 2033, entregava rentabilidade de 11,11% ao ano contra 11,19% na sessão anterior.

As taxas dos títulos de inflação também tinham queda. A rentabilidade real do Tesouro IPCA+ 2045 caía de 5,68% para 5,64% ao ano. Já o Tesouro IPCA+ 2035 pagava 5,37% ao ano contra 5,42% na sessão de sexta-feira.

Nos títulos de inflação que pagam cupom semestral, o recuo das taxas era mais leve. O Tesouro IPCA+ 2032 tinha rentabilidade real de 5,35% ao ano contra 5,38% na sexta-feira. A taxa do Tesouro IPCA+ 2055 caía de 5,60% para 5,57%.

Continua depois da publicidade

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta segunda-feira (19):

Focus

As previsões para o IPCA dos anos à frente também recuaram. A estimativa para 2025 foi de 3,90% para 3,80% e a de 2026 saiu de 3,88% para 3,80%.

Especificamente para os preços administrados, a projeção do IPCA para 2023 recuou pela 7ª semana seguida, de 9,32% para 9,09%. A estimativa para 2024 caiu de 4,52% para 4,50% e as 2025 e 2026, continuaram em 4,0%.

Continua depois da publicidade

Para o crescimento do PIB de 2023, a projeção subiu novamente, de 1,84% para 2,14%, na sexta semana seguida de alta. A estimativa para 2024 caiu de 1,27% para 1,20%, enquanto a e 2025 foi mantida em 1,80% e a 2026 subiu de 1,95% para 1,99%.

A projeção da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) caiu de 12,50% para 12,25% após oito semanas de estabilidade. A de 2024 recuou de 10,0% para 9,50, após 17 semanas, e a de 2025 foi mantida em 9,0%. A de 2026 continuou em 8,75%.

Arcabouço fiscal e reforma tributária

O projeto do arcabouço fiscal pode ser votado nesta terça-feira pelo Senado Federal. O texto está sob revisão do Comitê de Assuntos Econômicos (CAE), que discute possíveis alterações.

Continua depois da publicidade

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que se o CAE aprovar o projeto amanhã, o tema pode ser votado em plenário no mesmo dia.

A aprovação célere do arcabouço fiscal é importante para o andamento da reforma tributária. A expectativa é que o projeto seja aprovado em julho.