Unicórnio Merama corta quase 10% da equipe em meio à reorientação de ‘estratégia’

Executivo afirmou que demissões estavam concentrados em projetos que não eram mais prioridade

Reuters

Guilherme Nosralla e Renato Andrade, da Merama: avaliação de US$ 1,2 bilhão (Divulgação)
Guilherme Nosralla e Renato Andrade, da Merama: avaliação de US$ 1,2 bilhão (Divulgação)

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A Merama, unicórnio de comércio eletrônico da América Latina, cortou quase 10% de sua equipe nesta semana, afirmou nesta quinta-feira (29) seu presidente-executivo à Reuters, descrevendo a medida como parte de uma mudança de foco à medida que a empresa entra em uma nova fase de crescimento, em vez de “um exercício de economia de custos”.

A empresa, que já levantou US$ 345 milhões em investimentos de empresas como o SoftBank e foi avaliada pela última vez em US$ 1,2 bilhão, tem sedes no Brasil e México. A companhia agrega marcas online em rápido crescimento para gerenciar centralmente áreas como marketing e suprimentos.

O presidente-executivo, Sujay Tyle, disse que o número total de demissões foi de cerca de 8 a 9%, permanecendo um total de mais de 400 funcionários na empresa.

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Ele acrescentou que os afetados estavam concentrados em projetos que não eram mais prioridade, com planos de reorientar marcas que geram mais de US$ 15 milhões em receita.

“Foi um dia difícil”, disse Tyle sobre os cortes de pessoal, acrescentando que não há planos para outra série de demissões.

Ele também disse que a empresa possui uma “reserva de caixa bastante saudável” e agora tem fluxo de caixa positivo.

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A medida ocorre após startups na América Latina registrarem em maio queda de 82% no financiamento em comparação com o mesmo período no ano anterior, segundo o grupo de dados Sling Hub, à medida que altas taxas de juros e temores de uma recessão abalam os mercados globais e as avaliações das empresas de tecnologia.

Inúmeras startups na região têm reduzido suas operações devido à escassez de financiamento, com empresas como a Provu, fintech brasileira voltada para o modelo “Compre Agora, Pague Depois”, e Addi, fintech unicórnio da Colômbia, anunciando demissões significativas nas últimas semanas.

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