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O Ibovespa tem força para ir além dos 120 mil pontos e quais setores da Bolsa devem ter o melhor desempenho? Quais os riscos que estão no radar?
Para responder essas e outras perguntas, a XP realizou sua primeira pesquisa com investidores institucionais, que contou com 82 respondentes, entre CFOs, alocadores/estrategistas/economistas, gestores, analistas, entre outros.
Conforme destaca a equipe de análise da XP, Fernando Ferreira, Jennie Li, Thales Carmo e Júlia Aquino, no geral, os investidores parecem relativamente otimistas em relação ao Brasil, impulsionados pelo bom desempenho das ações brasileiras e do real durante o primeiro semestre de 2023.
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No entanto, observam que os níveis de sentimento otimista atual e projeções para o Ibovespa não estão excessivamente altos. “Será interessante observar como as respostas dos clientes evoluem à medida que o ciclo de corte de juros se concretiza”, avalia a equipe.
De acordo com a pesquisa, 51% dos investidores expressaram a intenção de aumentar a exposição em ações no curto prazo, em linha com seu sentimento otimista em relação à bolsa brasileira. 32% responderam manter exposição e 17% manifestaram intenção de diminuir.
Além disso, uma maioria significativa dos clientes que responderam à pesquisa (81%) acredita em uma possível valorização do Ibovespa em relação aos níveis atuais. Segundo o levantamento, espera-se que o Ibovespa chegue ao redor de 125 mil pontos ao final de 2023, em comparação à estimativa da XP de valor justo de 130 mil pontos e os 117.425 pontos do fechamento da véspera
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6% esperam o Ibovespa acima de 140 mil pontos, 20% projetam o índice entre 130 mil e 140 mil e 55% esperam o índice fechando 2023 entre 120 mil e 130 mil pontos. Já entre os mais cautelosos, 11% projetam o benchmark da Bolsa entre 110 mil e 120 mil pontos, 5% entre 100 mil e 110 mil e 4% abaixo de 100 mil.
“Os resultados da pesquisa mostram que os entrevistados esperam que o Ibovespa chegue em torno de 125 mil pontos ao final de 2023, sugerindo um leve potencial de alta [6,5%] em relação aos níveis atuais”, apontam os analistas da casa.
O sentimento mais positivo também é refletido nas preferências dos investidores em relação a setores e fatores. No relativo, os investidores estão mais otimistas com setores mais sensíveis às taxas de juros, como Imobiliário e Transporte, além de Utilidade Pública (como energia e saneamento). Da mesma forma, fatores mais arriscados, como alto Momentum, alto Crescimento e Small Caps são os preferidos entre os participantes.
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“Por outro lado, vimos um sentimento mais pessimista entre os setores de Materiais Básicos, Alimentos e Bebidas e TMT (TMT – Tecnologia, Mídia & Telecomunicações)”, destaca a XP.
Entre os investidores otimistas, há uma preferência mais forte por setores sensíveis às taxas de juros, enquanto os pessimistas ainda acreditam que os setores defensivos terão melhor desempenho no futuro, conforme destacado abaixo:
As principais preocupações entre os investidores (85% dos entrevistados) incluem uma mistura de fatores domésticos, como preocupações políticas e fiscais, bem como questões externas (recessão nos EUA).
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Apesar de uma frequência um pouco menor, os participantes do levantamento também estão preocupados com possíveis aumentos de juros no Brasil. Uma recessão nos EUA é atualmente o principal “risco de cauda“ para 22% dos investidores.
Otimismo também segundo pesquisa do Itaú BBA
O Itaú BBA também destacou nesta semana os resultados de sua pesquisa feita recentemente com investidores institucionais brasileiros; 42 participantes participam do levantamento, que ocorreu entre 28 de junho e 4 de julho.
Os estrategistas do banco destacaram uma melhora significativa no humor dos mercados de ações do Brasil, com 78,6% dos participantes expressando uma visão positiva para o mercado local (ante 28,9% de pesquisa realizada em janeiro), enquanto nenhum investidor teve uma visão negativa (ante 28,9% em janeiro de 2023).
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Em comparação com a pesquisa anterior, a porcentagem de investidores que têm uma visão positiva sobre o mercado de ações nos EUA subiu de 16,2% para 24,4%, mas a maioria (53,7%) ainda possui uma visão neutra.
A queda na porcentagem de investidores que têm uma visão positiva sobre a economia da China chamou a atenção dos estrategistas, caindo de 73% em janeiro para 24,4%.
A curva de juros local e os dados de inflação foram vistos como os catalisadores mais importantes para o mercado doméstico, seguido pelo ímpeto de lucros e a reforma tributária.
As expectativas de revisões de lucros e forte geração de fluxo de caixa foram vistas como os fatores mais importantes para decisões de investimento.
Olhando para a alocação do setor, o setor de consumo e varejo foi eleito o setor com maior posição overweight (exposição acima da média), seguido por Utilities (energia e saneamento), indo de 18,4% em janeiro para 57,1% neste último levantamento.
As construtoras também se destacaram, com uma exposição de 33,3%, muito acima dos 2,6% da última edição.
Por outro lado, os investidores estão underweight (exposição abaixo da média) em commodities, incluindo siderurgia e mineração, papel e celulose e petróleo e gás.
As ações preferidas a partir da pesquisa feita pela instituição são: BTG Pactual (BPAC11), Equatorial (EQTL3), Itaú (ITUB4) e Lojas Renner (LREN3).
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