Tesouro Direto: título de inflação para 2045 oferece 5,59%; taxas avançam em linha com alta dos juros nos EUA

As taxas dos títulos do Tesouro Direto sobem nesta quinta-feira (20), enquanto o mercado analisa dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos.

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caiu em 9 mil na semana encerrada em 15 de julho, para 228 mil. Os dados foram divulgados hoje pelo Departamento de Trabalho americano.

O indicado veio abaixo do consenso Refinitiv de analistas, que previa 242 mil solicitação. Por volta das 13h, a curva de juros americana voltava a abrir, ou seja, a apresentar alta. O rendimento do título do Tesouro com vencimento em 10 anos, por exemplo, estava em 3,858%, ante os 3,740% vistos na véspera (19).

No Brasil, o Ministério da Fazenda reduziu sua projeção para a inflação oficial em 2023 e 2024. A estimativa para este ano caiu de 5,58% para 4,85%, muito próximo do teto da meta, de 4,75%.

Guilherme Mello, secretário de Política Econômica, disse que houve “aumento expressivo das chances do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) terminar dentro da banda superior da meta de inflação”.

No Tesouro Direto, os títulos de inflação oferecem juros reais de até 5,53% acrescido de IPCA, caso do Tesouro IPCA+ 2055, que tinha rentabilidade real de 5,52% ontem. A taxa real do Tesouro IPCA+ 2029 passava de 5,13%, na sessão de ontem para 5,15%, na segunda atualização de hoje, às 12h02.

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A rentabilidade real do Tesouro IPCA+ 2035 subia de 5,25% para 5,28%, enquanto o retorno real do título de inflação para 2045 se mantinha estável em 5,59%.

Nos prefixados, destaque para o papel que vence em 2033, que ontem entregava 10,72% ao ano e hoje oferecia rentabilidade anual de 10,85%. O Tesouro Prefixado 2029 pagava 10,77%, superando taxa de 10,65% ontem, enquanto o juro do Tesouro Prefixado 2026 subia de 10,26% para 10,32%.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta quinta-feira (20): 

Haddad discute pauta econômica com Lira

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na última quarta-feira (19). O assunto foi a votação de pautas econômicas no segundo semestre como novo arcabouço fiscal e o marco legal das garantias de empréstimos.

O encontro não estava na agenda oficial de Haddad. “Acabei de vir da residência [oficial] do presidente Arthur Lira para discutir a agenda do segundo semestre. Uma coisa que nós temos expectativa que seja votada é o Marco de Garantias”, disse o ministro ao voltar da reunião.