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Fundos imobiliários classificados como “high yield” – de maior risco – encabeçaram a lista de maiores perdas da sessão desta quinta-feira (27), com quedas de até 5%.
Na véspera, alguns desses fundos foram alvo de censura pública da B3, que comunicou ao mercado problemas na entrega das demonstrações financeiras de pelo menos sete FIIs administrados pela Vortx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários.
“Os fundos deveriam entregar as respectivas demonstrações financeiras, referentes ao período encerrado em 31/12/2022, até o prazo regulamentar de 31/03/2023”, contextualiza o documento da B3. “Contudo, verificou-se o descumprimento do prazo pelos fundos e abriu-se prazo para esclarecimentos”.
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Segundo a Bolsa, a Vortx apresentou esclarecimentos no dia 24 de maio e, até então, apenas os FIIs Housi (HOSI11), TG Ativo Real (TGAR11) e Vereda (VERE11) entregaram, com atraso, as respectivas demonstrações financeiras.
Desta forma, Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11), Hectare CE (HCTR11), Serra Verde (SRVD11) e Tordesilhas EI (TORD11) permanecem em atraso na entrega dos documentos.
No início do ano, os FIIs “high yield” registraram forte desvalorização com a inadimplência em série de certificados de recebíveis imobiliários (CRI), especialmente dos títulos ligados à Gramado Parks, empresa de turismo que pediu recuperação judicial.
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Em resposta ao comunicado da B3, HCTR11 e DEVA11 explicaram que não entregaram a demonstração financeira “devido a discussões com os auditores relacionadas às condições de recuperabilidade de alguns CRIs que apresentaram inadimplência”.
“Informamos, ainda, que não foram realizados ajustes no preço dos ativos em 31/12/2022, uma vez que o declínio do valor justo aconteceu em momento posterior a data base, fruto de circunstâncias que resultaram no aumento do risco de crédito dos devedores”, complementa o comunicado dos FIIs.
O texto salienta que a Vórtx, administradora das carteiras, trabalha para que as demonstrações financeiras sejam emitidas no menor prazo possível e diz que eventuais multas ou sanções financeiras não serão arcadas pelas carteiras.
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Em relação ao TORD11 e ao (SRVD11), a administradora explicou, em comunicado ao mercado, que a demonstração financeira está em processo de auditoria e que pretende entregar o documento até o dia 8 de agosto de 2023.
Na sessão desta quinta-feira (27), (DEVA11) e Hectare CE (HCTR11) registravam perdas de aproximadamente 3%, às 14h11.
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Ifix hoje
Na sessão desta quinta-feira (27), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou com queda de 0,03%, aos 3.173 pontos. Confira os demais destaques do dia.
Maiores altas desta quinta-feira (27):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
JSAF11 | JS Ativos Financeiros | FoF | 1,75 |
MCCI11 | Mauá Capital | Títulos e Val. Mob. | 1,61 |
VTLT11 | Votorantim Logística | Logística | 1,61 |
HGRU11 | CSHG Renda Urbana | Renda Urbana | 1,34 |
HFOF11 | Hedge Top FoF II | FoF | 1,28 |
Maiores baixas desta quinta-feira (27):
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Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
VSLH11 | Versalhes Recebíveis Imobiliários | Títulos e Val. Mob. | -5,12 |
HCTR11 | Hectare | Títulos e Val. Mob. | -3,17 |
DEVA11 | Devant | Títulos e Val. Mob. | -1,69 |
BTAL11 | BTG Pactual Agro | Agro | -1,53 |
BLMR11 | Bluemacaw Renda+ FOF | FoF | -1,47 |
Fonte: B3
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FII HGLG11 confirma transação bilionária e adquire 4 novos galpões em SP
Maior FII de logística em número de cotistas – 365 mil –, o CSHG Logística (HGLG11) confirmou a compra do portfólio do também fundo imobiliário GTIS Brazil Logistics (GTLG11), conforme apontam comunicados divulgados pelas duas carteiras.
A transação, iniciada no começo do mês, está avaliada em R$ 1,373 bilhão e envolve quatro imóveis, além de ações de emissão da CLERC Energia Empreendimentos S.A.
Pelo acordo, o HGLG11 realizou um pagamento inicial de R$ 578 milhões – sendo que um montante de R$ 360 milhões deste valor será usado para quitar 50% do endividamento do (GTLG11).
Do saldo remanescente da operação – aproximadamente R$ 800 milhões – uma parcela de R$ 430 milhões seguirá para o GTIS Brazil Logistics e a outra, de R$ 370 milhões, para o pagamento do restante da dívida da parte vendedora.
“A partir da presente data e até a conclusão da transação, o HGLG11 fará jus ao recebimento de 42% das receitas distribuíveis que serão apuradas mensalmente pelo GTLG11”, destaca fato relevante do CSHG Logística. “A partir da quitação do saldo remanescente e lavratura das escrituras definitivas de aquisição dos imóveis, o HGLG11 fará jus a 100% dos aluguéis decorrentes dos imóveis”, completa o texto.
A gestão do HGLG11 promete informar em data oportuna mais detalhes sobre o impacto da transação na operação do fundo, assim como mais dados sobre os novos locatários.
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O segmento de fundos imobiliários acumula quase 15% de alta desde o início de abril, desempenho atribuído principalmente à possibilidade cada vez maior de redução da taxa básica de juros, a Selic, que pode ocorrer já na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana. Mas será que os FIIs têm fôlego para continuar subindo?
Para quem tem dúvida se ainda faz sentido investir em FIIs após o rali dos últimos meses, Maria Fernanda Violatti, head de fundos listados da XP e especialista em FIIs, avisa:
Para as pessoas que estão preocupadas se estão chegando tarde para a festa, eu adianto que ainda existem sim oportunidades no mercado
Maria Fernanda Violatti, head de fundos listados da XP
Maria Fernanda, em parceria com Danilo Barbosa, head do research do Clube FII, montou uma carteira para quem quer investir agora em fundos imobiliários.
Composto por dez fundos, o portfólio sugere alocações em FIIs de recebíveis (35,0%), logística (22,5%), lajes corporativas (22,5%), híbridos (7,5%), fundos de fundos (7,5%) e shoppings (5.0%).
A relação também indica o peso que cada fundo deve ter na carteira, que vai de 5% a 12,5% – como é o caso do Kinea Índice de Preços (KNIP11), maior participação na carteira. Confira as recomendações de Maria Fernanda e Barbosa.
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