Governo federal inclui estudos para Angra 3 e modernização de Angra 1 no novo PAC

Primeira usina nuclear brasileira entrou em operação comercial durante a década de 80 e chegará aos 40 anos de atividade em 2024

Estadão Conteúdo

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O governo federal incluiu a análise sobre as obras para conclusão da usina de Angra 3, localizada no Rio de Janeiro, no pacote do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Conforme antecipou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o portfólio do programa não prevê a conclusão do projeto, apenas a realização de “estudo de viabilidade técnica, econômica e socioambiental” das obras da usina, paradas desde 2015.

A princípio, havia a possibilidade de Angra 3 ficar de fora da lista. Contudo, conforme apurou a reportagem, a inclusão sobre a continuidade do projeto no Novo PAC foi defendida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a partir de demandas da bancada do Rio de Janeiro no Congresso.

A Eletrobras trabalha com o cenário de execução e conclusão das obras da usina nuclear Angra 3, mesmo que o governo não incluísse o empreendimento no novo PAC, disse o diretor-presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, durante teleconferência de resultados. “Por fazer parte do processo de capitalização, esperamos que seja continuado e concluído. Houve especulação e ela é sempre ruim”, comentou o executivo.

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O portfólio de projetos, divulgado na manhã desta sexta-feira pelo governo federal, inclui ainda a modernização da usina de Angra 1. Responsável pelo empreendimento, a Eletronuclear já solicitou a extensão da vida útil. A primeira usina nuclear brasileira entrou em operação comercial em 1985 e, portanto, os 40 anos de atividade se completam em 2024.

O setor elétrico aparece em dois dos nove eixos de atuação do novo PAC. As áreas que contemplam o MME lideram o maior número de recursos do programa: Cidades Sustentáveis e Resilientes, que abriga o Programa Minha Casa Minha Vida, com investimento total previsto de R$ 610 bilhões, e Transição e Segurança Energética, com R$ 540 bilhões de investimento total.

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a pasta tem 165 empreendimentos no programa, com um investimento total de R$ 592 bilhões. Além da inclusão das usinas nucleares, a lista ainda conta com iniciativas divididas nos subeixos de geração de energia, do Luz para Todos, transmissão de energia, eficiência energética, petróleo e gás, pesquisa mineral e combustíveis de baixo carbono.

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Na transição energética, por exemplo, o governo federal anunciou que o programa terá foco em investimentos no pré-sal para expandir a capacidade de produção de derivados e de combustíveis de baixo carbono no Brasil. Além disso, trabalhará por meio do programa Luz para Todos, lançado na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.