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A onda de elevação de recomendações da Petrobras (PETR3;PETR4) continua.
Após Bradesco BBI, Bank of America e o BTG Pactual, desta vez o UBS BB elevou a recomendação das ações da estatal de neutro para compra. Enquanto isso, o preço-alvo para os ativos PETR3 e PETR4 passou de R$ 31 para R$ 42, com potenciais respectivos de alta de 19% e 30% em relação ao fechamento da véspera.
Para os analistas do banco, “a governança prevalece e os dividendos emergem”.
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Cabe ressaltar que o banco havia rebaixado a recomendação para os ativos no fim de novembro do ano passado para venda em meio às preocupações com as estratégias do novo governo, tendo elevado para neutra na primeira quinzena deste mês.
Para o banco, a realidade até agora é que a Petrobras é uma empresa diferente do que era em 2014, e embora tenha havido algumas mudanças ante 2022, o balanço e a capacidade de geração de fluxo de caixa livre são muito mais resilientes e os processos de governança implementados desde então provavelmente garantirão a continuidade desta situação.
“Assim, elevamos a Petrobras de neutro para compra, esperando que a combinação de melhor governança e lucratividade se traduza em retornos contínuos aos acionistas por meio de dividendos, incluindo pagamentos extraordinários acima da política estabelecida [de 45% do fluxo de caixa livre]”, avalia, apontando que este último ponto é o base de uma surpresa positiva para o case.
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O banco também destaca que o reajuste anunciado na semana passada sobre os preços dos combustíveis significa melhor governança, melhor fluxo de caixa livre e melhores dividendos.
Cabe destacar que a estatal anunciou na semana passada aumentos nos preços dos combustíveis de 16% para a gasolina e de 26% para o diesel.
“Em nossa opinião, esse anúncio é uma virada de jogo em três pontos e é a base para nossa atualização para compra: 1) o aumento diminui o risco do case, mostrando que a Petrobras pode ser capaz de aumentar os preços dos combustíveis, já que os preços permanecem perto da paridade com o petróleo brent a US$ 85 o barril Brent e o câmbio por volta de R$ 5 por dólar; 2) isso nos leva a ver uma geração adicional de fluxo de caixa livre de US$ 1 bilhão no segundo semestre de 2023 (+8% do fluxo de caixa livre do período) e de US$ 5,1 bilhões em 2024 (+23%) e 3) Esperamos agora que o excesso de caixa seja distribuído como dividendos, elevando as expectativas de retornos para níveis atrativos”, apontam os analistas.
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Os analistas do banco esperam um dividend yield (dividendo em relação ao preço da ação) de cerca de 20% para 2024 ante a previsão de pagamento dos pares entre 10% e 12%.
“Estimamos que com a política de 45% do fluxo de caixa livre, a Petrobras poderá anunciar US$ 12 bilhões em dividendos para 2024, para cerca de 14% de dividend yield. No entanto, acreditamos que a empresa poderá anunciar US$ 5 bilhões em dividendos extraordinários, dada a geração excedente de caixa, somando um rendimento de 20%. Os US$ 5 bilhões pressupõem que a empresa mantenha um nível estável de caixa, entre US$ 11 bilhões e 12 bilhões”, avalia.
Os riscos para tese incluem despesas de caixa inesperadas que impactam o potencial de dividendos (fusões e aquisições, acordos sobre obrigações fiscais federais, investimentos superiores ao esperado, alterações na política de preços), sem nenhum anúncio de dividendo extraordinário.