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O time de research da XP Investimentos cortou o preço-alvo das ações ordinárias da Lojas Renner (LREN3) de R$ 27 para R$ 19 (upside de 18,6% frente ao fechamento de ontem) citando, majoritariamente, a competição da companhia com as varejistas de moda chinesas, como a Shein.
Do lado positivo, no entanto, a equipe da corretora manteve sua recomendação de compra para os papéis da brasileira.
“A Shein é um obstáculo, mas não um xeque-mate. Embora concordemos que a dinâmica competitiva deve ser mais desafiadora com a forte entrada da chinesa no país, não a vemos como um fim para as brasileiras. As mulheres valorizam a diversidade de marcas, o que impede um varejista de vestuário de dominar o mercado”, diz a equipe da XP, liderada por Danniela Eiger.
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“Além disso, a Lojas Renner deve superar concorrentes locais, especialmente após sua reprecificação”, complementou.
Lojas Renner (LREN3) busca novas faixas
A Renner, no segundo trimestre deste ano, anunciou que estava de olho em menores faixas de preço. Em entrevista ao InfoMoney, o diretor financeiro (CFO) da companhia defendeu que a movimentação era para se “adaptar à nova realidade do brasileiro”.
A equipe de Eiger ainda acrescenta que, embora a Shein ofereça uma alternativa mais barata, a qualidade da chinesa é inferior. “Fora isso, a logística da Shein ainda está muito atrás, com uma diferença de 14 dias para entrega local em comparação com a Renner e 38 dias para entregas internacionais.”
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A brasileira, além de bem posicionada, ainda deve surfar positivamente no futuro próximo dos efeitos do El Ninõ. O evento climático leva, segundo os analistas, a temporadas de verão mais quentes, o que deve diminuir os preços do algodão e apoiar a competitividade Renner, sem comprometer margens.
“Vemos também que ainda há espaço para crescer. O proximo front de crescimento da Renner está em lojas de rua e menores. Fizemos uma análise de sensibilidade com base no perfil atual da loja de rua e chegamos a um potencial de longo prazo de 280 novas unidades, versus nosso potencial de expansão de aproximadamente 130 lojas adicionais em perpetuidade”, calcula a XP.
Pior pode ter já passado
Para a equipe da corretora, até então, o pior parece estar precificado.
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“Em nossa visão, o forte desempenho negativo as ações da Renner é explicado pela revisão dos lucros em um cenário macroeconômico mais deteriorado e comparações difíceis, juntamente com ventos contrários setoriais como a isenção de imposto de importação de US$ 50, limitações de linhas de crédito rotativo e discussões sobre o fim dos benefícios fiscais associados ao ICMS e IOC”, escreve a XP.
“No entanto, devemos ver um momento de melhoria nos lucros à frente, principalmente a partir do quarto trimestre, com possíveis anúncios do governo como a provável introdução de um imposto de importação para produtos abaixo de US$ 50 e ajustes do Congresso no projeto de lei de benefícios do ICMS”, finaliza a análise.