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Breton aprende a falar ‘sofá’ em árabe

Marca de móveis de alto padrão busca a internacionalização e abre primeira loja em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos

Mariana Amaro

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A Breton, renomada marca de móveis de alto padrão, cuja loja mais famosa ocupa o número 820 da Alameda Gabriel Monteiro da Silva, nos Jardins, em São Paulo, está de olho  no interesse do mercado externo em móveis brasileiros.

A empresa, familiar e de capital fechado, abrirá sua primeira loja com um parceiro franqueador em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, nas próximas semanas. “Criamos um plano de expansão em 2014 e nos aproximamos dos arquitetos para ser uma marca formadora de opinião, que aposta no design brasileiro. Conseguimos expandir com um modelo de franqueados, passamos a abrir duas lojas por ano desde 2020 e chegamos a 21 unidades agora”, afirma André Rivkind, CEO da empresa. O número é pequeno, mas o setor é bastante nichado: um móvel da Breton não custa menos que alguns milhares de reais. “Agora estudamos a Península Ibérica, Peru, Colômbia e Estados Unidos”, afirma Rivkind.

Loja da Breton, na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, em São Paulo: empresa vai partir para internacionalização. (Foto: Divulgação)

Para não deixar os consumidores internacionais esperando pelo dobro de tempo que os brasileiros esperam [uma média de 60 dias] para receber os produtos, a empresa montou um Centro de Distribuição com estoque. “O mobiliário brasileiro sempre foi muito bem recebido internacionalmente, mas tivemos um vácuo de grandes designers brasileiros. Recentemente, com a desvalorização do dólar e qualidade do material, começou uma procura do mercado internacional”, afirma.

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Nos próximos cinco anos, a empresa espera ter cinco lojas no exterior e 30 unidades no Brasil.

Expansão

O atual momento acontece depois de um boom de vendas durante a pandemia que derrubou as margens de lucro. “Não podemos reclamar [das vendas]. Mas tivemos uma queda grande de rentabilidade porque a matéria-prima subiu de forma muito rápida e não conseguimos repassar os preços ao consumidor”, afirma o executivo. Como a empresa fabrica seus produtos personalizados e sob encomenda, a saída para ter um controle maior sobre os custos foi estocar matéria-prima. “

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Conseguimos cumprir 97% dos prazos de entrega por causa do estoque de insumos. Foi uma estratégia para o momento”, afirma. O aumento abrupto de vendas também levou a uma série de retrabalhos internos, porque o time precisou ser reforçado às pressas e não houve tempo suficiente para treinamento.

Com o retorno à normalidade, a empresa voltou a crescer dois dígitos (a empresa não abre dados de faturamento) e considera 2023 como um ano de estabilidade. “Devemos cair um pouco ou manter o mesmo patamar do ano passado. O preço das matérias-primas se estabilizou e sempre há pessoas reformando ou comprando imóveis”, diz Rivkind.

Hoje, a rede possui unidades nas cinco regiões do país – uma das campeãs de vendas é a de Boa Vista, em Roraima – e comemora o marco de se tornar uma empresa carbono negativo no setor moveleiro, com a neutralização das suas operações incluindo produção, distribuição e descarte. Em outra frente de sustentabilidade, a empresa criou uma plataforma fechada para clientes venderem seus móveis da marca usados para outros clientes. “Dá uma segunda vida para o móvel e quem vendeu ainda recebe crédito para comprar um novo na loja”, afirma o executivo. As transações ainda estão restritas a São Paulo e Rio de Janeiro, mas cerca de 100 produtos são comercializados ao mês.

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Mariana Amaro

Editora de Negócios do InfoMoney e apresentadora do podcast Do Zero ao Topo. Cobre negócios e inovação.