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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reiterou a importância da inclusão da classe média no Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e disse que devem ter direito ao financiamento do programa habitacional pessoas que ganham até R$ 10 mil por mês.
“Eu não quero financiar casa só para as pessoas mais pobres, porque está cheio de trabalhador que ganha R$ 8 mil, R$ 6 mil, R$ 5 mil, R$ 7 mil, R$ 10 mil que também tem direito de ter uma casa, ele tem direito de ter financiamento”, afirmou Lula em discurso remoto nesta segunda-feira (23).
O presidente participou, de Brasília, da cerimônia de entrega de 1.651 unidades habitacionais do programa em Alagoas, na Bahia, no Espírito Santo e em São Paulo. Lula estava no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, ao lado do ministro das Cidades, Jader Filho (MDB).
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Ele disse que deve voltar a trabalhar no Palácio do Planalto, a sede do Poder Executivo, na tarde de hoje, após três semanas trabalhando no Alvorada por recomendação médica, devido à realização de uma cirurgia no quadril.
“Quero dizer a vocês que eu estou de volta. Eu fiz a cirurgia, ela completou 21 dias, para eu poder ficar totalmente bom e poder viajar de avião eu vou ter que esperar de seis a oito semanas, mas eu já estou bom e hoje eu vou à tarde no Palácio do Planalto”, afirmou o presidente.
Ao acenar à classe média, Lula disse que “às vezes, a gente constrói [as casas] para os mais pobres e constrói para o mais rico, que tem financiamento e não precisa do governo”. “E essas pessoas que trabalham, metalúrgico, químico, gráfico, bancário, servidor público na saúde, no SUS, quer comprar uma casa e não é atendida porque nem é tão miserável, tão pobre, e não tem dinheiro para comprar”.
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Lula reiterou a necessidade de atender a população que está no meio da pirâmide financeira. “Porque essa gente é a chamada classe média, que paga imposto nesse país, essa gente que trabalha muito, essa gente que se dedica, que levanta cedo”.
Salário mínimo
No discurso, o presidente também destacou a necessidade de uma política de valorização anual do salário mínimo. O governo voltou a adotar, em maio, a política de reajustá-lo pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) consolidado dos dois anos anteriores.
O modelo vigorou nos governos Lula e Dilma Rousseff (PT), mas nos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) a política passou a ser de reajustar o mínimo apenas pela inflação. “Precisamos aumentar o salário mínimo todo ano. É por isso que a gente não pode dar apenas a inflação, a inflação não é aumento, é apenas reposição daquilo que se comeu do nosso salário”, afirmou o presidente.
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(Com Estadão Conteúdo e Reuters)