Novos diretores para o BC, velhas discussões na Câmara

O mercado começa a discutir os nomes dos novos diretores para o Banco Central, enquanto reagem (de forma as vezes exagerada) a qualquer boato ou novidade que aparece

Alexandre Aagesen

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E lá vamos nós. Ainda faltam dois meses, mas as discussões de quem serão os próximos dois diretores do Banco Central (BC) já começaram. O Executivo até quer antecipar a sabatina dos dois, que entrariam em dezembro. Entrevistar candidatos para substituir um funcionário de saída, faz parte, mas em geral isso não vai parar nos jornais. O mercado fica apreensivo. Quem serão os escolhidos? A tensão. As especulações. O café esfria, enquanto o suor desce. Haddad sinalizou bem. Perfil mais técnico, carreira no BC. O mercado gosta, mas vai continuar especulando e você ainda vai ler muita opinião a respeito. Faz parte.

Enquanto isso, no Congresso, ainda nesta terça pode ser votada a taxação dos Fundos Exclusivos. O pulo do gato está no Senado, mas vale acompanhar aqui também, claro. O governo precisa de receita. Congressista (e senador) médio tem Fundo Exclusivo. Vira lei, ou vira polpetone? E ainda nesta segunda o mercado provou como está leve. Ninguém tem uma megaconvicção, o que traz volatilidade, mais custos de transação, menos tendência e faz coisas como um tuíte (ou um X, sei lá) do Bill Ackman fazer preço como fez ontem. Acho que até o Ackman se assustou com o impacto, mais até do que eu quando descobri que 51 é divisível por 17 (é sério, dá 3).

Vale ainda acompanhar: a divulgação do PIB dos EUA (“GDP”, na língua de W. Shakespeare) na quinta. O Bitcoin deu um salto nesses últimos dias com a possibilidade (“boato”, na língua de L. de Camões) de que a BlackRock estaria lançando o primeiro ETF de Bitcoin Spot (that’s a huge deal), chamado IBTC. A reação do mercado ao peso argentino está demais: Milei surpreende na PASO, dólar blue dispara. Massa sai na frente no primeiro turno, dólar blue dispara. Parece haver alguma tendência mais clara aqui, pelo menos (“riesgo”, na língua de M. de Cervantes). E por fim, vale acompanhar as condições financeiras nos EUA pela primeira vez desde o incidente SVB em terreno contracionista (segundo índice da Bloomberg) – mas ainda pequeno. “Ende”, na língua de H. C. Andersen.

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Alexandre Aagesen

Com mais de 15 anos de mercado financeiro, é CFA Charterholder, autor do livro "Formação para Bancários", host do podcast "Mercado Aberto" e Investor na XP Investimentos