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O sol bate forte e a temperatura supera 35 graus em Serra do Salitre, Minas Gerais, mas na Fazenda Batatal as vacas não demonstram nenhum incômodo com isso. Estão protegidas em galpões, e chuveiros são ligados com regularidade para aliviar o clima quente. As ordenhas se sucedem com visível colaboração dos animais, e a produtividade média está entre as maiores da região.
Fornecedora de leite da Nestlé, a propriedade dos irmãos Silmar e Vilmar Geraldo Martins procurou caminhos sustentáveis e de bem-estar desde o início da aposta na pecuária leiteira, há cerca de dez anos, e hoje colhe bônus ambientais e financeiros com a decisão.
“Apoiamos a transição da fazenda para a produção sustentável de leite, e o reconhecimento vem com o nosso sistema de pagamento. Fornecedores da categoria ouro, como a Batatal, recebem R$ 0,15 a mais por litro entregue. Na categoria prata são R$ 0,10, e na bronze, R$ 0,05”, afirmou a zootecnista Barbara Sollero, gerente de Milk Sourcing da Nestlé Brasil, durante recente visita de jornalistas e influenciadores à propriedade, promovida pela empresa.
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Segundo Silmar e Vilmar, a Batatal nasceu com dez vacas holandesas, e atualmente tem 82. A produtividade média diária, por sua vez, saltou de 15 para mais de 60 litros litros por vaca, e ainda é possível avançar mais.
A parceria com a Nestlé começou logo no segundo ano de operações da fazenda. Mais de mil propriedades são fornecedoras de leite das categorias ouro, prata e bronze da multinacional suíça no país, e 150 delas contam atualmente com o apoio da companhia também em sua transição para práticas regenerativas.
A Batatal é uma delas. Na propriedade, há uma lagoa impermeabilizada de tratamento de dejetos, que viram fonte de adubo orgânico, e fertirrigação em áreas de cultivo de gramíneas usadas na alimentação das vacas.
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São práticas que complementam os cuidados com os animais e que também geram bônus nos resultados, seja com economia ou fontes extras de renda, como pode se tornar o adubo. De acordo com os irmãos Geraldo Martins, trata-se de um caminho sem volta, que será cada vez mais aprimorado.
De volta aos galpões, onde as vacas, concebidas com inseminação artificial, são divididas por idade, Barbara explica que ali está implantado o sistema Compost Barn, criado nos Estados Unidos para reduzir custos de implantação e manutenção, bem como para melhorar índices produtivos e sanitários dos rebanhos e possibilitar o uso correto de dejetos orgânicos.
Nesse sistema, os galpões, obrigatórios, são revestidos com serragem, sobras de cortes de madeira e esterco compostado, o que garante conforto e sanidade.
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A Nestlé faz todo o acompanhamento veterinário na Fazenda Batatal, e o leite captado na propriedade alimenta a fábrica de leite em pó da companhia em Ituiutaba, também em Minas Gerais, a maior do gênero no país e uma referência na América Latina.
Na unidade, cujo foco está nas linhas Ninho e Molico, são processados até 2 milhões de litros de leite por dia, e a qualidade da matéria-prima é garantida por cerca de 500 análises realizadas desde as fazendas fornecedoras até o varejo. Um sistema de rastreabilidade capaz de identificar a fazenda de onde saiu o leite usado amplia a segurança da jornada.
A fábrica, contou o diretor Fernando Carvalho, também tem suas práticas sustentáveis. A água que sobra após o processo de secagem do leite é reutilizada, a energia é gerada com biomassa de florestas certificadas e a tecnologia colabora para o desenvolvimento de melhores soluções ao ambiente, como novas embalagens laminadas recicláveis. Em parceria com cooperativas, a múlti também estimula, com logística reversa, a reciclagem das tradicionais latas de leite Ninho e Molico.
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