Lucro líquido da BrasilAgro (AGRO3) cai 29% no primeiro trimestre da safra 2023/24

Resultado ficou em R$ 30 milhões; Ebitda e receita também recuaram

Fernando Lopes

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A BrasilAgro (AGRO3) , que atua nos segmentos de compra e venda de propriedades rurais e na produção de grãos, fibras e bioenergia, encerrou o primeiro trimestre desta safra 2023/24, encerrado em setembro, com lucro líquido de R$ 30 milhões, 29% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.

Na mesma comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu 78,2%, para R$ 23,4 milhões, e a receita líquida recuou 9%, para R$ 272,2 milhões. Praticamente toda a receita líquida (R$ 271,8 milhões) foi gerada pela divisão operacional, que inclui a produção agrícola.

Fazenda do Meio, da BrasilAgro, na Bahia (Divulgação)
Fazenda da BrasilAgro (foto: Divulgação)

“A diminuição da receita líquida é reflexo da queda dos preços das commodities e da redução da receita de cana”, afirma André Guillaumon, CEO da BrasilAgro, em comunicado. No caso da cana, houve um ajuste para baixo, na comparação entre os trimestres, no preço recebido pelos fornecedores definido pelo Conselho dos Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo (Consecana).

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Apesar desse revés, a companhia está otimista com os negócios na frente canavieira. Em suas plantações na região Centro-Oeste, a BrasilAgro informou que colheu 1,6 milhão de toneladas da matéria-prima desde o início desta safra 2023/24, em abril, e que o volume total deverá chegar a 2,1 milhões de toneladas até dezembro.

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No início do mês, a empresa divulgou, ainda, que, naquele momento, o clima estava favorecendo o plantio de soja em sua fazenda localizada em São Félix do Araguaia, em Mato Grosso. A Jataí é a maior propriedade da BrasilAgro no Estado, com 12.690 hectares. No total, a companhia deverá colher quase 250 mil toneladas de soja em suas fazendas na safra atual.

Fernando Lopes

Cobriu o setor de energia e foi editor do semanário Gazeta Mercantil Latino-Americana até 2000. Foi editor de Agro no Valor Econômico até fevereiro de 2023.