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Os índices futuros de Nova York amanheceram no campo negativo nesta segunda-feira (13), depois que a agência de classificação de risco Moody’s cortou na sexta-feira (10) a perspectiva de classificação de crédito Aaa dos EUA de estável para negativa, apontando para riscos fiscais crescentes no país, enquanto o risco de shutdown volta ao radar.
Em Wall Street, a semana será carregada de indicadores relevantes como inflação, vendas no varejo e produção industrial. Na China, os dados de outubro começam a ser apresentados na terça-feira, com destaque para a produção industrial e as vendas no varejo. Também haverá a divulgação dos números de investimentos em ativos fixos, investimentos imobiliários e taxa de desemprego.
Além disso, o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, terão esta semana seu primeiro encontro presencial em cerca de um ano. Ambos deverão procurar trazer maior estabilidade a uma relação que é definida por divergências em temas como controles de exportação, a situação de Taiwan e as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia.
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Por aqui, noticiário corporativo seguirá agitado na reta final da temporada de balanços do terceiro trimestre de 2023. Entre os resultados que serão divulgados nos próximos dias, estão Magazine Luiza (MGLU3), Lojas Marisa (AMAR3) e Azul (AZUL4).
Já a Americanas (AMER3) voltou a adiar a publicação do balanço de 2022, que estava prevista para esta segunda. A companhia afirma que publicará os resultados até a próxima quinta-feira (16) data em que também deve realizar uma teleconferência com o mercado, em horário que ainda será informado.
No campo político, o destaque ficará para o próximo passo de aprovação da reforma tributária. A expectativa é que a votação não aconteça nos próximos dias, em razão do feriado do dia 15. A reforma foi aprovada, via emenda constitucional, pelo Senado no dia 8 de novembro e agora o tema retorna à Câmara dos Deputados, que precisará ratificar as alterações feitas na outra casa legislativa.
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Em indicadores domésticos, destaque nesta semana para divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e índice IBC-Br, considerado uma prévia do PIB do Banco Central.
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com baixa nesta manhã de segunda-feira, com investidores repercutindo a decisão da Moody’s de reduzir a perspectiva de crédito americana para negativa, enquanto se preparam para receber os dados de inflação ao consumidor amanhã.
Ainda na frente de dados econômicos, os investidores estarão atentos ao orçamento federal mensal de outubro, bem como aos dados sobre as expectativas dos consumidores do Federal Reserve Bank de Nova York.
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Já a diretora do Fed, Lisa Cook, discursa na manhã de hoje.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro (EUA), -0,18%
- S&P 500 Futuro (EUA), -0,26%
- Nasdaq Futuro (EUA), -0,35%
Ásia
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente em alta, à espera de uma reunião nesta semana entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.
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Liderando os ganhos na Ásia, o índice Hang Seng avançou 1,30% em Hong Kong, a 17.426,21 pontos, interrompendo uma sequência de quatro pregões negativos, graças ao bom desempenho de ações de tecnologia, enquanto o japonês Nikkei teve alta apenas marginal de 0,05% em Tóquio, a 32.585,11 pontos, e o Taiex subiu 0,94% em Taiwan, a 16.839,29 pontos.
Na China continental, os ganhos foram moderados, de 0,25% no caso do Xangai Composto, a 3.046,53 pontos, e de 0,56% no do menos abrangente Shenzhen Composto, a 1.914,41 pontos.
Biden e Xi têm encontro marcado para quarta-feira (15), na Califórnia, na primeira reunião em um ano entre os líderes das duas maiores economias do mundo.
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- Shanghai SE (China), +0,25%
- Nikkei (Japão), +0,05%
- Hang Seng Index (Hong Kong), +1,30%
- Kospi (Coreia do Sul), +0,24%
- ASX 200 (Austrália), -0,40%
Europa
Os mercados europeus sobem neste início de semana, com os investidores de olho nas negociações entre os EUA e a China nos próximos dias.
Na agenda de dados, destaque para o Produto Interno Bruto preliminar do 3º trimestre da Zona do Euro.
- FTSE 100 (Reino Unido), +0,65%
- DAX (Alemanha), +0,38%
- CAC 40 (França), +0,63%
- FTSE MIB (Itália), +0,74%
- STOXX 600, +0,66%
Commodities
Os preços do petróleo operam com baixa, revertendo a recuperação de sexta-feira, uma vez que as novas preocupações com a diminuição da demanda nos Estados Unidos e na China afetaram o otimismo do mercado.
As cotações do minério de ferro na China fecharam no campo positivo pela quarta sessão consecutiva nesta segunda-feira, impulsionados pelo otimismo em relação ao estímulo relacionado ao setor imobiliário e pelos fundamentos de apoio, embora o enfraquecimento do mercado de aço e os temores de uma supervisão governamental mais rígida tenham limitado os ganhos.
A China implementará firmemente os compromissos políticos do mercado imobiliário para atender às demandas habitacionais da população e promover o desenvolvimento de alta qualidade do setor, informou a mídia estatal no sábado, citando Ni Hong, ministro da Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural.
O minério de ferro de referência de dezembro na Bolsa de Cingapura estava, no entanto, 0,24% mais baixo, a US$ 126,5 a tonelada, arrastado para baixo pelos comentários agressivos do presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell.
- Petróleo WTI, -0,52%, a US$ 81,01 o barril
- Petróleo Brent, -0,51%, a US$ 76,78 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 1,68%, a 966,50 iuanes, o equivalente a US$ 132,52
Bitcoin
- Bitcoin, -0,32% a US$ 37.019,00 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A agenda da semana tem como destaque o índice de preços ao consumidor (CPI) norte-americano. O dado será divulgado na terça-feira e tem previsão de aumento de 0,3% em outubro, com alta anual de 4,1% de acordo com a pesquisa da Reuters.
Na quarta-feira, será o dia de apresentação do índice Empire Manufacturing de atividade de novembro, com expectativa LSEG de queda de 2,1, os dados do índice de preços ao produtor, com projeção de avanço de 0,1% na comparação mensal e de vendas no varejo, com queda de 0,2%. Este último será um dos dados aguardados da semana, junto com os dados de preços ao consumidor apresentados na terça.
Na quinta-feira, será apresentado o índice de atividade do Fed Filadélfia, com projeção de -11,5 pela LSEG, e produção industrial de outubro, com expectativa de queda de -0,3% na comparação mensal.
Além disso, ainda na agenda internacional, a semana será repleta de divulgações da China. Os dados de outubro começam a ser apresentados na terça-feira, com destaque para a produção industrial, com expectativa de avanço de 4,1% na comparação anual e as vendas no varejo, que tem projeção de 7,0%. Também haverá a divulgação dos números de investimentos em ativos fixos (com projeção de alta de 3,1% na base anual), investimentos imobiliários e taxa de desemprego (estimada em 5,0%).
No mesmo dia, serão apresentados o PIB preliminar do 3º trimestre da Zona do Euro e do Japão, além dos dados do levantamento ZEW de sentimento econômico na Alemanha.
No Brasil, destaque para divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na terça-feira (14).
Após o feriado de quarta, a agenda de indicadores de atividade econômica segue movimentada, com a apresentação dos dados do índice IBC-Br de atividade econômica, considerado uma prévia do PIB do Banco Central na quinta-feira (16).
Brasil
8h25: Boletim Focus semanal
15h: Balança comercial semanal
EUA
16h: Resultado Fiscal Mensal de outubro
3. Noticiário econômico
Reforma tributária poderá deixar setor de serviços mais caro
Aprovada no Senado na última semana, e com o texto pendente de nova apreciação na Câmara dos Deputados, a reforma tributária poderá encarecer os serviços em geral. Isso porque o setor, sem cadeia produtiva longa, se beneficiará menos de créditos tributários, uma forma, segundo o governo, de compensar a cobrança de impostos.
Além disso, a tributação será aplicada com uma alíquota de IVA dual, estimada em 25%, mais alta que os atuais 9,25% do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) cobrado sobre empresas com lucro presumido, situação que engloba a maioria das empresas prestadoras de serviço.
Alguns tipos de serviço, no entanto, terão alíquota diminuída em 60%. O Senado incluiu na lista os segmentos de comunicação institucional e de eventos. Serviços prestados por Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) sem fins lucrativos serão isentos. Os serviços de transporte coletivo intermunicipal e interestadual migraram da alíquota reduzida para regime específico.
O Senado também incluiu agências de viagem, serviços de saneamento e de telecomunicações também em regimes específicos, que preveem sistema de coleta e alíquotas diferenciadas. O relator na Casa, senador Eduardo Braga (MDB-AM), também proibiu a incidência do Imposto Seletivo sobre os serviços de energia e de telecomunicações.
4. Noticiário político
Haddad receberá Padilha e líderes do governo e discutirá transição ecológica com Marina
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai receber nesta segunda-feira, 13, o ministro de Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha, e os líderes do Governo no Parlamento – senador Randolfe Rodrigues (Líder no Congresso), deputado José Guimarães (Líder na Câmara) e o senador Jaques Wagner (Líder no Senado). O encontro vai ocorrer das 14 horas às 15 horas, segundo agenda divulgada neste domingo (12).
Haddad também dedicará espaço na sua agenda desta segunda para discutir o Plano de Transição Ecológica (PTE) do governo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A conversa terá início às 17h30.
A pasta da Fazenda se prepara para apresentar na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), que ocorre neste fim do ano em Dubai, os avanços que já obteve na agenda nos dez primeiros meses de governo Lula.
A COP28 será realizada entre 30 de novembro e 12 de dezembro, e deve contar com a presença de Haddad e do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em sua primeira COP do terceiro mandato.
Brasileiros que estavam em Gaza chegam ao Brasil nesta segunda
Os brasileiros e seus familiares palestinos que deixaram a Faixa de Gaza chegam nesta segunda-feira (13) ao Brasil. O governo federal já tem uma operação de acolhimento pronta para o grupo, como atendimento médico e psicológico e regularização de documentos.
Eles cruzaram a fronteira com o Egito pelo Portal de Rafah, no início da manhã de domingo (12). A chegada ao Cairo ocorreu no início da noite. Na capital egípcia, o grupo pega o voo para Brasília. A previsão é que a aeronave pouse em Brasília às 23h30 (horário local).
5. Radar Corporativo
A temporada de balanços chega na sua reta final com a divulgação dos resultados de BRF, Cosan, CSN, JBS, Marfrig, Magalu, Natura&Co, XP, Yduqs, entre outras companhias, nesta segunda-feira. Já a Americanas, que divulgaria seus números antes da abertura do mercado, adiou os resultados para até quinta-feira.
Americanas (AMER3)
A Americanas (AMER3) adiou novamente suas demonstrações financeiras referentes aos exercícios de 2021 e 2022. A varejista não deixou muito claro o dia exato em que virão a público os balanços. Isso porque eles eram esperados para esta segunda-feira (13), mas a empresa informou que eles serão apresentados ao mercado “até” 16 de novembro, antes da abertura do mercado.
Em seguida, o texto diz: “Na mesma data, a companhia conduzirá um conference call, aberto para seus investidores e mercado em geral, para discutir seus resultados”. Esse trecho dá a entender que a data de divulgação será o 16 de novembro, uma quinta-feira.
Por fim, a Americanas diz que “divulgará oportunamente o horário do evento e as instruções para conexão”.
M. Dias Branco (MDIA3)
A M. Dias Branco (MDIA3) registrou lucro líquido de R$ 259 milhões no terceiro trimestre de 2023. O desempenho supera em 32,8% o resultado do mesmo período do ano passado e reflete forte geração de caixa, melhora no resultado financeiro e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) trimestral recorde.
Entre julho e setembro, a M. Dias Branco viu seu Ebitda crescer 32,3%, para R$ 440,7 milhões. Já a receita da companhia encolheu 8,1% e fechou o terceiro trimestre do ano em R$ 2,73 bilhões.
(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)