Futuros de NY sobem na volta do feriado de Ação de Graças; PMI nos EUA, Lagarde, Haddad e mais destaques

Agenda do ministro foi atualizada após surgir a informação de que o presidente Lula teria se decidido pelo veto total da PL da desoneração da folha

Felipe Moreira

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Os índices futuros dos EUA operam com alta, enquanto as bolsas da Europa operam mistas nesta sexta-feira (24), no retorno do feriado de Ação de Graças, com investidores atentos aos Índices de Gerentes de Compras (PMIs, na sigla em inglês) nos EUA e falas da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.

Os mercados dos EUA terão um dia de negociação mais curto, com fechamento às 15h.

As bolsas da Ásia-Pacífico também fecharam sem direção única, com os dados japoneses impulsionando o índice Nikkei, enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, despencou 1,77%.

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O Japão viu a sua taxa de inflação subjacente subir para 2,9% em outubro, superior aos 2,8% registados no mês anterior. A taxa de inflação global situou-se em 3,3%, acelerando face aos 3% registados em setembro.

Por aqui, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, fará um pronunciamento à imprensa por volta das 9h. O tema não foi informado, mas especulações sugerem que pode ser porque o presidente Lula vetou integralmente prorrogar a desoneração da folha.

No campo corporativo, investidores repercutem o novo Plano Estratégico da Petrobras (PETR4;PETR3) que prevê investimentos de US$ 102 bilhões nos próximos cinco anos.

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1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com leves ganhos nesta manhã de sexta-feira, na volta do feriado de Ação de Graças, mas com horário de pregão reduzido.

Investidores estarão atentos aos dados de atividade econômica que serão publicados no final da manhã.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

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Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos, com investidores digerindo dados econômicos do Japão publicados na sessão de hoje.

A terceira maior economia do mundo viu a sua taxa de inflação subjacente subir para 2,9% em outubro, superior aos 2,8% registados no mês anterior. A taxa de inflação global situou-se em 3,3%, acelerando face aos 3% registados em setembro.

A atividade industrial do Japão permaneceu em território de contração em novembro. O índice de gerentes de compras (PMI) de manufatura do país ficou em 48,1 em novembro, o menor desde fevereiro. Também foi inferior a 48,7 em outubro.

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A leitura de novembro foi o sexto mês consecutivo em que a atividade fabril no Japão contraiu.

Europa

Os mercados europeus operam mistos, com investidores da região permanecendo cautelosos.

Os números finais do produto interno bruto (PIB) da Alemanha para o terceiro trimestre na sexta-feira confirmaram uma leitura anterior de contração mensal de 0,1%. O PIB caiu 0,8% em relação ao ano anterior.

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Os investidores também estão monitorando um discurso da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.

Commodities 

Os preços do petróleo operam em baixa, ampliando as perdas da sessão anterior, enquanto os traders especulavam se a OPEP+ chegaria a um acordo sobre novos cortes de produção.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecidos como OPEP+, surpreendeu o mercado com o anúncio na quarta-feira de que iria adiar uma reunião ministerial por quatro dias, para 30 de novembro, depois de os produtores terem lutado para chegar a um consenso sobre os níveis de produção.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com alta, com traders ponderando sobre temores persistentes após a intervenção do governo e o otimismo liderado pelo apoio imobiliário na China, principal consumidor.

Bitcoin

2. Agenda

A semana termina com a divulgação de dados da sondagem do consumidor no Brasil e de atividade econômica nos Estados Unidos. 

Brasil

8h: Sondagem do consumidor

8h: Campos Neto, presidente do BC tem reunião com Jorge Paulo Lemann, Sócio 3G da BRC-Global (fechado à imprensa)

9h: Fernando Haddad, ministro da Fazenda (coletiva à imprensa em São Paulo),

12h30: Campos Neto tem reunião com Mario Mesquita, Economista-Chefe do Itaú Unibanco (fechado à imprensa)

14h30: Campos Neto tem reunião, por videoconferência, com representantes da Asset 1 (fechado à imprensa)

EUA

11h45: Prévia do PMI de serviços S&P

11h45: Prévia do PMI composto S&P

11h45: Prévia do PMI da indústria S&P

3. Noticiário econômico

Haddad fará pronunciamento à imprensa nesta sexta-feira 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará um pronunciamento à imprensa nesta sexta-feira (24). A fala do ministro está prevista para às 9h. O tema não foi informado.

A agenda do ministro foi atualizada após surgir a informação no início da noite de que o presidente Lula teria se decidido pelo veto total da PL da desoneração da folha, em um forte sinal de apoio à equipe econômica no seu esforço para equilibrar as contas públicas.

Lula veta prorrogação da desoneração da folha de pagamento

O Lula vetou integralmente o projeto de lei que pretendia estender até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e reduzir a contribuição para a Previdência Social paga por pequenos municípios.

Implementada desde 2011 como medida temporária, a política de desoneração da folha vinha sendo prorrogada desde então. Com o veto presidencial, a medida perde a validade em dezembro deste ano.

A ideia do projeto de lei, aprovado pelo Congresso no mês passado, era manter a contribuição para a Previdência Social de setores intensivos em mão de obra entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta. A política beneficia principalmente o setor de serviços. Até 2011, a contribuição correspondia a 20% da folha de pagamento. Esse cálculo voltará a ser aplicado em janeiro.

Os 17 setores são: confecção e vestuário; calçados; construção civil; call center; comunicação; empresas de construção e obras de infraestrutura; couro; fabricação de veículos e carroçarias; máquinas e equipamentos; proteína animal; têxtil; tecnologia da informação (TI); tecnologia de comunicação (TIC); projeto de circuitos integrados; transporte metroferroviário de passageiros; transporte rodoviário coletivo; e transporte rodoviário de cargas.

4. Noticiário político

Pacheco: ministros do STF não se sobrepõem ao Congresso e ao Planalto

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que as decisões individuais de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) não podem se sobrepor ao Congresso Nacional e ao presidente da República.

A declaração ocorre após o Senado ter aprovado na última quarta-feira (22) proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões monocráticas (individuais) dos ministros da Corte Suprema e demais tribunais. Na quinta-feira (23), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse que a proposta é desnecessária e não contribui para o Brasil.

De acordo com Pacheco, a proposta tem embasamento técnico, foi amplamente debatida com a sociedade e pelos senadores e busca equilíbrio entre os Poderes. Ele argumenta ainda que a própria Constituição prevê que declarações de inconstitucionalidade de leis devem ser tomadas pela maioria absoluta do colegiado do STF, o que não vem sendo, segundo ele, cumprido no país.

5. Radar Corporativo

Petrobras (PETR4;PETR3)

O Conselho de Administração da Petrobras (PETR4;PETR3) aprovou, em reunião realizada nesta quinta-feira (23), o Plano Estratégico para o quinquênio 2024-2028 (PE 2024-28+), prevendo investir US$ 102 bilhões nos próximos cinco anos.

A cifra informada pela estatal é 31% superior ao plano passado e em linha com as especulações do mercado de que o valor ultrapassaria US$ 100 bilhões.

Do montante, US$ 91 bilhões serão direcionados a projetos em implantação (Carteira em Implantação) e US$ 11 bilhões compostos por projetos em avaliação (Carteira em Avaliação), sujeitos a estudos adicionais de financiabilidade antes do início da contratação e execução.

Grupo Casas Bahia (BHIA3)

A S&P rebaixou os ratings de crédito de emissor e emissão do Grupo Casas Bahia (BHIA3) de ‘brA-’ para ‘brBBB-’ na escala nacional. A perspectiva do rating de emissor é negativa.

Segundo a agência classificadora de risco, os números reportados pela varejista no terceiro trimestre deste ano indicam que o grupo não atingirá as métricas de crédito esperadas.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)