Publicidade
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,59% em novembro, após ter registrado alta de 0,50% em outubro, informou nesta quarta-feira (29) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com isso, o índice acumula recuo de -3,89% no ano e queda de -3,46% em 12 meses.
Em novembro de 2022, o índice tinha mostrado queda de 0,56%, mas acumulava alta de 5,90% em 12 meses.
O dado de outubro ficou abaixo do consenso Refinitv de analistas, que previa inflação de 0,60% no mês.
Continua depois da publicidade
Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, foi observado um incremento substancial nos preços de commodities componentes do índice ao produtor, com destaque para o preço do farelo de soja e do café em grão, além de uma contribuição expressiva do óleo diesel.
Já a inflação ao consumidor avançou sob influência de fatores climáticos que impactaram negativamente a oferta de alimentos in natura, com destaque para cebola e batata-inglesa.
IPA
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou um aumento de 0,71% em novembro, variação superior à alta ocorrida em outubro, de 0,60%. Nos estágios de processamento, a taxa do grupo de Bens Finais apresentou uma queda de 0,14% em novembro, em contraste com a alta de 0,06% no mês anterior.
Continua depois da publicidade
O principal fator que contribuiu para esse resultado foi o subgrupo de combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de uma alta de 0,05% para uma queda de 3,32% no mesmo período. O índice referente a Bens Finais (ex) (excluindo os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para o consumo) variou 0,29% em novembro, ante 0,28% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários, por sua vez, apresentou um avanço de 1,23% em novembro, marcando uma aceleração em comparação a variação de 0,69% registrada no mês anterior.
O principal fator que influenciou esse movimento foi o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 2,32% para 3,90%. O índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) subiu 0,71% em novembro, após alta de 0,38% observada em outubro.
Continua depois da publicidade
O estágio das Matérias-Primas Brutas registrou um aumento de 0,97% em novembro, porém inferior a alta de 1,06% que havia sido observada em outubro, informou a FGV.
As principais contribuições para o recuo na taxa do grupo foram os itens: minério de ferro (4,91% para 1,14%), bovinos (6,97% para 2,03%) e cana-de-açúcar (2,59% para 0,40%).
Por outro lado, alguns itens apresentaram um movimento oposto, destacando-se: soja em grão (-2,45% para -0,01%), mandioca/aipim (-4,80% para 8,29%) e café em grão (-1,60% para 6,36%).
Continua depois da publicidade
IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,42% em novembro, acelerando em relação aos 0,27% em outubro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.
A maior contribuição partiu do grupo Alimentação, cuja taxa de variação passou de uma queda de 0,39% para uma alta de 0,58%. Nesta classe de despesa, se destacou o comportamento do item hortaliças e legumes, cujo preço subiu 7,58%, ante queda de 2,46%, na edição anterior do levantamento.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Despesas Diversas (0,06% para 1,29%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,21% para 0,29%) e Habitação (0,19% para 0,20%).
Continua depois da publicidade
Nessas classes de despesa, os destaques foram: serviços bancários (0,12% para 2,19%), salão de beleza (0,13% para 0,62%) e tarifa de eletricidade residencial (-0,03% para 0,97%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (2,99% para 2,05%), Transportes (-0,12% para -0,25%), Vestuário (0,15% para 0,09%) e Comunicação (0,07% para -0,05%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.
Nestas classes de despesa, foram mencionados como destaques os itens: passagem aérea (19,70% para 11,44%), gasolina (-0,91% para -1,83%), roupas masculinas (0,40% para -0,23%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,23% para -0,11%).
INCC
Em novembro, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou uma variação de 0,10%, segundo a FGV. Isso representou uma ligeira redução em comparação com a taxa de 0,20% registrada em outubro.
Os três grupos que compõem o INCC tiveram as seguintes variações na transição de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (0,07% para -0,17%), Serviços (0,79% para 0,39%) e Mão de Obra (0,29% para 0,42%).