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SÃO PAULO – Em um contexto de piora das condições macroeconômicas, com nível de desemprego ainda elevado e desaceleração da atividade, os brasileiros seguem com dificuldade para poupar recursos.
Em abril, apenas 21% fizeram algum tipo de reserva financeira, com valor médio reservado de R$ 374. Os dados partem do Indicador de Reserva Financeira, apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Segundo as entidades, proteger-se contra imprevistos é o principal objetivo dos que têm o hábito de poupar, o que pode explicar a preferência de 65% daqueles que conseguiram investir no período pela caderneta de poupança, com a previdência privada e o Tesouro Direto selecionados por apenas 8% e 7%, respectivamente.
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E o quadro ainda pode ser pior, com 25% dos poupadores optando por deixar o saldo reservado em casa, sem rendimentos, e 20% com o dinheiro parado em conta corrente.
De acordo com o levantamento, as principais justificativas para esse comportamento estão ligadas ao perfil conservador do brasileiro: 28% preferiram guardar o dinheiro em um destino com facilidade para saque e outros 28% afirmaram não ter sobras suficientes para investir em aplicações mais arrojadas, enquanto 20% disseram estar acostumados com as modalidades tradicionais. Uma fatia de 17% relatou ainda medo de perder dinheiro.
Em abril, 40% dos poupadores habituais tiveram que sacar parte dos recursos guardados, seja para cobrir despesas com imprevistos (10%), pagar contas (13%) ou saldar dívidas atrasadas (10%).
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Metodologia
O Indicador de Reserva Financeira abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.
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