Novela da vida real: ator Paulo Betti propõe “vaquinha” para ajudar o governo e colega rebate

Seu colega de rede Globo, Otávio Augusto, respondeu: "que tal você usar toda a sua influência de eleitor e cabo eleitoral de Dilma para tentar convencer a turma do mensalão, da Lava-Jato, da Petrobras, empreiteiras etc. a devolver o que surrupiaram do Estado e de nós?"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em meio à crise econômica, muitas sugestões aparecem e até mesmo os atores da Globo estão dando sugestões sobre o que fazer para superar esse momento difícil. Na última semana, o ator Paulo Betti, fez uma proposta para ajudar o governo de forma a tapar o buraco fiscal e que repercutiu muito nas redes sociais. E ela é bem inusitada: uma “vaquinha” para tapar o buraco. A proposta foi divulgada no blog de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, no final de 2015 e gerou bastante polêmica. 

Após a divulgação da “vaquinha”, Paulo Betti deu uma explicação, “brincando meio a sério”, ao colunista: “cada um dá o que pode. Pessoas físicas ou jurídicas. Fazemos superávit. Unimos a nação. Recuperamos a confiança do mercado internacional. Como fiz campanha da Dilma, farei um depósito de valor bom! Creio que Chico Buarque e outros farão o mesmo. Nos livramos desse problema chato de caixa e vamos nos divertir com outras coisas”, afirmou. 

Em meio a repercussão das falas do ator, um colega seu da Globo, Otávio Augusto, apresentou uma contraproposta. “Que tal você usar toda a sua influência de eleitor e cabo eleitoral de Dilma para tentar convencer a turma do mensalão, da Lava-Jato, da Petrobras, empreiteiras etc. a devolver o que surrupiaram do Estado e de nós? Penso que seria melhor do que fazer ‘vaquinhas’ e CPMFs para pagar com nossos salários estas roubalheiras”, questionou.

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Vale ressaltar que não é a primeira vez que Betti se envolve em debates com outros atores que teve como plano de fundo motivações políticas. Em meados do ano passado, o ator marcou alguns colegas sobre uma reunião de apoio ao candidato à presidência Aécio Neves na casa do apresentador Luciano Huck. “Reunião de apoio a Aécio na casa de Luciano Huck e Angélica. Presentes Marcelo Adnet, Kaká, Andrucha Waddington, Fernanda Torres. Sem comentários… (risos)”, publicou Paulo.

Thiago Lacerda respondeu ao post: “um colega de profissão fez uma lista de nomes de colegas de profissão que se reuniram na casa de colegas de profissão para ‘apoiar’ um determinado candidato de oposição. Me soou bastante irônico, haja visto que o tal dono da página é declaradamente da situação. E também pelo tom usado. Me senti bastante ofendido! Aliás, como me sinto nos tempos de hoje!! Esse soldados da situação… Patrulheiros vermelhos… Gente xiita, completamente cega e com um discurso enraizado na segunda metade do século passado, onde só existe Companheiro e Inimigo, onde só existe o mundo contra nós, onde só existe certo e errado, verdade absoluta e mentira… Sem nenhuma vergonha de mascarar o óbvio, cujo principal objetivo é propagandear a mesmice canalha que assalta o país”, postou.

Paulo Betti rebateu: “Thiagão querido, o colega de profissão sou eu! Eu que escrevi esse comentário e coloquei (risos). Democracia é cada um expressar o que pensa e se expor publicamente apoiando e discutindo política, civilizadamente, sendo responsável! Não sei por que minha ironia chocou você… Achei engraçado reunião política na casa de Luciano Huck. Bem-vindo à disputa política! Sempre vai ter ironia, quando não tem briga e porrada, e às vezes perda de emprego e etc. A situação de hoje já foi oposição, e te garanto que é tão difícil ser oposição quanto ser situação. Abração!”

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Pois é. Até mesmo entre os atores, as discussões políticas estão bastante acirradas. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.