A small cap que está driblando a fraca economia brasileira e está entregando cada vez mais

Voltamos com nossos posts, agora para comentar sobre uma empresa presente neste Blog desde 2016: A Ind. Romi

João Paulo Reis

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

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Para quem não conhece o case, indico a leitura do nosso primeiro post que traz as principais informações sobre a empresa:

Para quem já é conhecedor vamos as últimas informações.

A empresa Indústrias Romi (ROMI3) participou, no início de maio, como expositora, da Expomafe, a maior feira de máquinas e equipamentos da América Latina, e conversando com o Diretor Financeiro e RI ouvimos boas notícias.

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Em relação ao ano passado, a feira foi 25% maior em disponibilidade de espaço e 40% maior no número de visitantes, o que mostrou um interesse acima da média por equipamentos e novos investimentos.

Segunda a empresa, a feira se destacou pela maior quantidade de negócios fechados e oportunidades criadas em relação ao ano anterior.

Há, portanto, um número razoavelmente maior de negócios a serem materializados, e que devem ser destaque nos resultados dos próximos trimestres.

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A Ind. Romi teve o maior espaço na feira onde foram apresentadas as últimas novidades dos seus produtos, e com destaque para a máquina hibrida, uma impressora 3D em metal.

Também, pela primeira vez foi exposta uma máquina da sua empresa alemã B+W, que gerou enorme interesse por sua concepção e tecnologia única no Brasil.

Mas como se trata de um protótipo, a comercialização deste produto terá uma maturação mais longa, mas pode gerar frutos no futuro e coloca a Ind. Romi em outro patamar tecnológico.

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Contudo, essas informações sobre a feira vão na contramão de todos os indicadores e expectativas macroeconômicas de redução da atividade econômica e por consequência redução de PIB.

Lembramos que no início do ano alguns clientes pontuais chegaram a fazer estoques de máquinas na expectativa de melhora do ambiente, algo não visto pela empresa há alguns anos.

Segundo a própria empresa, pode estar acontecendo um fenômeno que ocorreu recentemente na Itália, que mesmo com PIB fraco, conseguiu manter um nível razoável de investimento, mesmo com o país estagnado nos últimos 5 anos.

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Já no nosso caso, pelos números apresentados de espaço e número de participantes, os industriais vieram para a feira com o objetivo de realizar os investimentos, a fim de melhorar a produtividade de seus parques, e com essa eficiência custear a aquisição dos equipamentos novos com melhoria de produtividade. 

Consultando as informações técnicas da própria Romi, as novas máquinas possuem uma produtividade maior, gerando de 20% a 30% de economia de energia.  

Como o país investiu menos que a depreciação durante vários anos, qualquer melhora nas expectativas e na confiança, temos aí a senha para a renovação do parque fabril.

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Outra questão importante, que pesou a favor da Romi nas vendas, foi o sucesso da estratégia de receber como parte do pagamento as máquinas usadas.

Além de garantir a venda e a fidelidade do cliente, essa estratégia permite uma redução nos descontos normalmente concedidos, além das máquinas usadas poderem ser reformadas e vendidas com garantia.

É importante frisar, que esse é um diferencial enorme em relação a concorrência e o segredo está em agregar valor na máquina usada. 

Assim, com fundamentos bem sólidos, portfólio atualizado, proximidade com o cliente e produtividade operacional, a Romi foi muito bem preparada para a feira deste ano com uma linha de produtos e soluções completas, e colheu o resultado deste bom trabalho, que deve se refletir nos resultados.

Já os fundidos seguem sendo o maior desafio do ano para a companhia.

A boa notícia nessa linha é que os negócios com o setor eólico já são uma realidade para 2020, em função dos leilões.

A empresa já fez uma reestruturação importante no primeiro tri, o que permite dizer que deve haver melhora nos números dos trimestres subsequentes.

Já a B+W, controlada alemã, vem operando dentro dos parâmetros gerenciais pré-definidos, com máquinas sendo entregues no prazo e dentro do custo planejado, gerando a rentabilidade projetada.

Teremos melhora nos próximos trimestres sendo que o segundo semestre será bem forte.

Por fim, importante comentar sobre o valor do depósito judicial de R$86 mi referente a base de incidência do ICMS, que foi ganho pela empresa, do qual R$30 mi já foram distribuídos como proventos, e o saldo levantado será levado para decisão do Conselho de Administração que avaliará se o mesmo será usado para investimento ou para dividendos adicionais.

Portanto, estamos confiantes no desempenho da empresa nos próximos trimestres, e poderemos ter surpresas no lado da macroeconomia, que podem se refletir na melhora da Formação Bruta de Capital Fixo, importante indicador antecedente, o que pode melhorar a percepção e a confiança na efetiva recuperação da nossa economia.

Até Mais!!!!

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João Paulo Reis

É gestor do Venture Value FIA, sócio da Biguá Capital desde o seu surgimento em 2006, acumulando experiência na seleção e análise das empresas listadas na Bolsa