Small cap mostra que crise ficou para trás no 1º trimestre e deve seguir crescendo em 2017

Estamos confiantes com a evolução dos números da empresa, renovando nossa expectativa de que os próximos trimestres devem confirmar a retomada da economia

João Paulo Reis

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A Inds Romi divulgou seu resultado do 1°trimestre de 2017 apresentando evolução em todos os números e margens, apesar do ambiente político e econômico que estamos vivendo.

A receita líquida subiu 12,9%, a margem bruta evolui de 20,2% para 24.7%, e a margem EBITDA saiu de -2.8% para 7.4%.

Destaque para o Resultado Líquido que saiu de um prejuízo de R$ 9.9 mi para um lucro de R$ 2,1 mi, números comparados com os do trimestre do ano anterior(1t16).

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Verificamos evolução na entrada de pedidos, onde podemos projetar maiores vendas nas unidades de negócios para os próximos trimestres (1t17 versus 1t16): Aumento de 15% nos pedidos de Máquinas Romi, 8,4% nas Máquinas B&W e aumento de 21,4% nos pedidos de Fundidos e Usinados.

Vamos analisar agora cada uma das unidade de negócios:

Máquinas B&W (Alemanha) – Esta unidade que representou 20.38% da Receita Líquida do 1t17, apresentou uma melhora significativa de margens bruta que passaram de +1,4% para +21.4% e  EBIT de -38.9% para -0.2%, em função do maior volume de operação e de receita.

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A característica dessa unidade é apresentar um segundo semestre melhor que o primeiro, lembrando que a carteira de pedidos de 2017 já está montada.

Para 2018, de 1,5 a 2 milhões de euros foram contratados em março, e a há expectativa de que a carteira de 2018 já esteja montada antes do fim deste ano.

Fundidos e Usinados – Já esta unidade que representa 39.13% da Receita Líquida do 1t17, apresentou melhora de margens bruta que passaram de +11,8% para +14,2% e EBIT de +1.4% para +3,7%, devido ao maior volume de vendas.

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Essa unidade começa a notar melhora no setor agrícola por conta da safra recorde e no setor de caminhões, em função do ajuste de estoques.

As vendas para o setor de energia eólica permanecem robustas, mas há uma preocupação com os leilões de energia da ANEEL para os próximos anos. Contudo a venda para players privados continua forte.

Máquinas Romi – Na unidade de máquinas, apesar desta estar nos seus níveis mais baixos de vendas, nota-se uma melhora no mix de máquinas comercializadas, ou seja, com mais máquinas novas entregues que usadas.

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Outro ponto a se destacar, é que com a tendência de queda na taxa de juros (SELIC), a empresa identificou um maior interesse dos investidores por novos financiamentos junto aos bancos de fomento(BNDES).

Outro importante indicador antecedente de vendas são as feiras. O resultado da recente Plástico Brasil, realizada no fim de março em São Paulo, foi positivo com bastante consultas e algumas vendas, mas nada parecido com o movimento reportado em 2013 e 2014.

Quanto a Expomafe, feira de máquinas ferramentas que será realizada na segunda semana de maio, a empresa está otimista, pois todo o espaço de exposição foi vendido e há uma boa expectativa da presença do público.

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Lá será lançada uma máquina inovadora que junta duas tecnologias de ponta em usinagem e impressão 3D, inédita no Brasil, um projeto disruptivo que chamará muito a atenção. Maiores detalhes clique aqui.

Assim, mais do que um bom resultado no trimestre, o que nos chama a atenção ao conversar com a empresa, é a confiança demonstrada em entregar rentabilidade, principalmente após todo o trabalho de dowsizing feito ao longo dos últimos anos.

Traduzindo, apesar da empresa ter encolhido na sua principal unidade de negócios, que é a de Máquinas Romi (Máquinas Ferramentas e Injetoras de Plástico), e onde estão as melhores margens, a empresa se reestruturou para que, com as unidades restantes( Fundidos e Usinados e Máquinas B&W), possa continuar rentável.

Isso significa que mesmo com sua principal unidade de negócios ociosa, ela conseguirá entregar resultados sólidos, e ao mesmo tempo estar pronta a atender uma demanda mais forte por máquinas que virá com a retomada dos investimentos.

Diante disso, estamos muito confiantes com a evolução dos números da empresa, renovando nossa expectativa de que os próximos trimestres devem confirmar a retomada gradual da economia, e por consequência a Inds Romi deve apresentar bons resultados.

Até mais.

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João Paulo Reis

É gestor do Venture Value FIA, sócio da Biguá Capital desde o seu surgimento em 2006, acumulando experiência na seleção e análise das empresas listadas na Bolsa