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Hoje em dia é bastante comum viajar para o exterior, estudar fora, fazer intercâmbios, fazer compras pela Amazon, conviver com estrangeiros, etc. A globalização derrubou fronteiras em diversos segmentos da sociedade. Infelizmente, investimentos não estão entre eles.
Nos posts anteriores, falei da importância da diversificação e da facilidade de se investir fora do país se comparado aos investimentos no Brasil. Hoje, no meu terceiro post sobre o assunto, gostaria de falar sobre os dois pontos mais importantes: a segurança jurídica e o que eu chamo de Plano B.
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Se pensarmos em quantas moedas o Brasil já teve nos últimos 40 anos, ficaremos assustados. Foram 5 (cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro novamente e o real) mais a URV. Se tirarmos três zeros de cada moeda, ficaremos assustados com o resultado, ou seja, a inflação já comeu praticamente 100% do seu dinheiro em menos de 40 anos (não estou levando em consideração a mudança da URV para o Real). Temos que correr muito para ficarmos parados!
É verdade que todas as moedas perdem valor com o tempo, inclusive o dólar, que já perdeu mais de 90% do seu poder de compra desde a fundação do FED, em 1913. Mas o que assusta é a rapidez com que o dinheiro no Brasil perde valor.
E isso não é tudo! Quantas crises já tivemos nesse período? Quantos calotes na dívida externa? Quantas mudanças abruptas na legislação ao sabor do momento (a última está sendo a decisão de acabar com a isenção do come-cotas para fundos exclusivos)? A insegurança jurídica no Brasil está em níveis assustadores e não há uma reversão à vista, o que preocupa.
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Uma pergunta bem simples que sempre faço aos investidores é: você investiria no Brasil se fosse Suíço? Em 99% dos casos, a resposta é não. No 1% em que a resposta é sim, os investidores investiriam poucos recursos para aproveitar alguma discrepância em preços e rapidamente voltariam à moeda forte. Isso não é de se assustar.
Além do mais, temos que ter o que chamo de Plano B. Não faz sentido nem é inteligente deixar todos os ovos num mesmo cesto. Só porque uma pessoa vive em um determinado lugar, não quer dizer que todos os ativos dela têm necessariamente que estar denominados na moeda local. Muito pelo contrário, já que a maior parte dos ativos está em uma moeda (imóveis, recursos financeiros, empresa, etc), é de suma importância que uma parte esteja em “moeda forte”.
O Real, juntamente com várias moedas de países em desenvolvimento, perde valor muito rapidamente com pequenas crises e “sustos” nos mercados. Deveríamos aproveitar os momentos em que a moeda parece estar sobrevalorizada para começar a fazer uma poupança em “moeda forte”. Quem fez isso na Venezuela ou Zimbábue há alguns anos está muito mais tranquilo.
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Eu acredito que tratar do futuro financeiro pessoal é uma das coisas mais importantes que o investidor pode fazer. Aprender sobre novos mercados, uma real diversificação, menor risco de impacto no portfolio e maior segurança jurídica são peças fundamentais na hora de se montar um portfolio ideal. O investimento no exterior está aí para isso, aproveitem enquanto é possível porque, “no Brasil, até o passado é incerto”.