4 características básicas de um bom franqueador

Fala-se muito sobre o perfil do franqueado, essa pessoa chave que vai ser selecionada e fará a unidade franqueada prosperar. Mas o que poucos falam, é da necessidade de uma avaliação também profunda e transparente da capacidade do franqueador em liderar a rede e conduzir todos os franqueados

Lyana Bittencourt

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Sempre que se fala sobre a decisão estratégica de uma empresa expandir por meio do sistema de franquias ouve-se muito sobre a necessidade de se fazer um bom plano de negócios que valide o modelo a ser replicado e a viabilidade de ambos – franqueado e franqueador – serem devidamente remunerados por seu trabalho. Também se fala muito sobre o perfil do franqueado, essa pessoa chave que vai ser selecionada e fará a unidade franqueada prosperar.

Mas o que poucos falam, é da necessidade de uma avaliação também profunda e transparente da capacidade do franqueador em liderar a rede e conduzir todos os franqueados rumo a um objetivo comum e alinhado com os valores e com o propósito da marca.

Essa é uma das principais avaliações que o futuro franqueador deve fazer. Um olhar para dentro de si e da companhia para garantir que ele está disposto a enfrentar pessoalmente esse desafio e tem a estrutura necessária para dar suporte a toda uma rede.

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As principais características do bom franqueador podem ser listadas e, apesar de não se resumirem a esses pontos, já são um ótimo começo:

1 –  Capacidade de liderança

Nesse ponto, falamos de uma liderança ativa, focada em liderar não só o time da franqueadora, sua estrutura interna, mas também de toda uma rede de empreendedores que apostaram em sua marca. A liderança nesse caso deve focar num relacionamento próximo, na solução de conflitos dentro da rede, na inovação nos negócios e no portfólio de produtos e serviços e, principalmente, no direcionamento dos objetivos e metas de cada unidade para o crescimento e desenvolvimento da marca como um todo. É por meio dessa liderança que o franqueador transmite uma visão de futuro e cria uma relação de confiança com seus franqueados.

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2 – Estrutura interna de suporte à rede

Nesse aspecto, o foco é garantir que o pacote “vendido” ao franqueado na assinatura do contrato seja efetivamente entregue. Para isso ocorrer, uma estrutura de gestão com programas de capacitação, consultoria de campo, políticas de abastecimento, marketing, finanças e operações devem estar à disposição do franqueado, com clareza dos papéis de cada parte e a quem o franqueado deve recorrer em caso de dúvidas e por meio de quais canais.

3 – Canais de comunicação

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O franqueador não pode ser inacessível, pelo contrário, deve fornecer opções diversas de contato com o franqueado para que ele possa, em caso de necessidade, solucionar dúvidas e discutir os assuntos relacionados ao desenvolvimento da unidade franqueada. Hoje, as opções para a definição de canais de comunicação são muitas. É importante, no entanto, que fique claro quais são os canais oficiais da rede e, nesses, se estabeleça um prazo de resposta para as demandas do franqueado.

4 – Mentalidade ganha-ganha

Este é um aspecto de alta relevância no franchising. Se o franqueador não tiver essa mentalidade de que para ele ganhar o franqueado precisa ganhar também, ele pode colocar em risco a sustentação da rede.

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Esses são apenas alguns dos aspectos relacionados à competência e as características que um franqueador deve ter. Como consequência, geralmente se observa mais foco, aumento de produtividade, motivação da rede e também maior clareza quanto ao futuro do negócio.

Lyana Bittencourt é especialista em franchising e sócia e diretora de Marketing e Desenvolvimento do Grupo BITTENCOURT