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SÃO PAULO – Os rumores sobre o tamanho do prejuízo e a possível necessidade do Lehman Brothers de levantar capital aumentam, enquanto o banco se prepara para o anúncio dos resultados do segundo trimestre, que deve acontecer dentro de duas semanas.
Entre as novidades estão as estimativas de que o quarto maior banco de investimento dos EUA perdeu entre US$ 500 milhões e US$ 700 milhões em algumas posições de hedge durante o segundo trimestre.
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As projeções pessimistas aumentam as perspectivas de que o Lehman deve recorrer a uma oferta de ações ou venda de uma fatia a investidores internacionais, embora o banco tenha se negado a comentar o assunto.
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De acordo com a mídia norte-americana, entre os interessados no Lehman estão bancos asiáticos, incluindo os coreanos Korea Development Bank e Woori Financial Group, e investidores institucionais dos EUA.
Ainda nesse sentido, a instituição afirmou que possui cerca de US$ 40 bilhões em ativos altamente líquidos, não havendo necessidade de arrecadar mais capital após a oferta de ações do mês passado, em que angariou US$ 4 bilhões.
Apostas pessimistas
As previsões de prejuízo trimestral também tiveram reflexos nos mercados de opções e derivativos, com os investidores apostando em um movimento de queda ainda maior.
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Enquanto o pessimismo preocupa os mercados, os contratos de opção de venda dos papéis do Lehman atingiram o patamar de 283.676, quatro vezes mais do que a média de 20 dias.
Diante dos rumores sobre prejuízos, as ações do banco fecharam o último pregão com desvalorização de 9,52% em Wall Street. No pré-market desta quarta-feira (4) a situação se mantém, com os papéis caindo cerca de 7%.
Rating rebaixado
Na última terça-feira, as equipes da Oppenheimer e do Bank of America haviam comunicado previsões de que o banco deve registrar perdas entre US$ 0,50 e US$ 0,75 por ação no segundo trimestre.
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Enquanto o pessimismo em relação à saúde do sistema financeiro não se dissipa, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s optou na segunda-feira por reduzir a nota do Lehman Brothers, que passou de “A+” para “A”.
A agência também rebaixou o rating da Merrill Lynch e do Morgan Stanley, e ainda revisou para negativa a perspectiva da nota do Bank of America e do JPMorgan Chase.
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