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SÃO PAULO – Aos que acreditavam que a falência do Lehman Brothers seria a maior quebra bancária da história dos EUA, a última quinta-feira (25) mostrou, com a aquisição do Washington Mutual pelo JP Morgan, que perdas ainda maiores podem estar por vir. Diante da deterioração das condições de liquidez, outros nomes aparecem com dificuldades de manter bons níveis de capitalização.
Os custos para assegurar a saúde financeira do Wachovia subiram consideravelmente diante de um mercado ainda mais cauteloso em resposta ao colapso do Washington Mutual, de acordo com matéria publicada no site da rede norte-americana de televisão CNBC.
Nesta sessão, o CSD (Credit Default Swaps), contrato de hedge para a proteção do mercado financeiro contra inadimplência, era negociado com um custo adicional de 24,5% sobre a dívida do Wacovia.
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Desta maneira, incorporando as expectativas preocupantes sobre o setor e também impactado pelas tensões oriundas de indicadores econômicos aquém das expectativas, o banco vê seus papéis com acentuada retração de 34,04%, cotados a US$ 9,04 no pregão da Bolsa de Nova York.
Compra do WaMu
Segundo comunicado oficial, a compra da WaMu foi subsidiada pelo FDIC (Federal Deposit Insurance Corp) – órgão que regula os bancos de varejo dos EUA – que assegurou a integridade dos depósitos da maior instituição de empréstimos e poupança do país.
O JP Morgan assumirá todos os depósitos, ativos e dívidas das operações bancárias da Washington Mutual. A aquisição resulta em uma instituição de grande porte, entre as maiores dos EUA, com cerca de 5.400 escritórios e mais de US$ 900 bilhões em depósitos.
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Todavia, embora a transação evite um colapso como o do Lehman, ainda assim, não é bem recebida pelos mercados. Os papéis da Washington Mutual despencavam 90,3% quando tiveram suas negociações interrompidas no período da manhã, com os papéis valendo apenas US$ 0,16.