Ajuda do governo à Fannie Mae e Freddie Mac deve trazer horizonte favorável

Merrill Lynch prevê aumento da liquidez e redução dos custos dos empréstimos imobiliários nos próximos meses

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Depois de meses de intensa especulação, o governo norte-americano finalmente decidiu, no último domingo (7), assumir o controle definitivo das agências de crédito Fannie Mae e Freddie Mac, prejudicadas pela crise do subprime.

A operação, anunciada pelo secretário do Tesouro Henry Paulson, fará com que o Estado norte-americano receba US$ 1 bilhão em ações de classe especial, que corresponderá a cerca de 80% do capital social de cada uma das empresas.

Com isso, as agências terão seus compromissos de curto-prazo assegurados pelo Tesouro, que também anunciou a suspensão do pagamento de dividendos, além da provisão de fundos para outras 12 companhias federais de crédito imobiliário.

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Em adição, a instituição ainda afirmou que planeja comprar US$ 5 bilhões em dívidas lastreadas em hipotecas das duas repartições nos próximos meses, além de estar disposta a investir até US$ 100 bilhões em cada uma, se os recursos forem necessários para mantê-las em funcionamento.

Horizonte favorável para o setor

Embora avaliem que a postura do governo dos EUA deixa claro o péssimo momento vivido pelo setor financeiro do país, os analistas da Merrill Lynch acreditam que a decisão das autoridades deve ter reflexos positivos no deteriorado mercado imobiliário do país.

Tendo em vista a grande importância das duas agências, responsáveis por quase metade do volume de crédito total destinado à aquisição de imóveis nos EUA, o banco espera que a ajuda do Tesouro melhore o nebuloso cenário do setor, já que a disponibilidade de financiamento hipotecário deve crescer de forma considerável nos próximos meses.

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Com relação ao fato de os compromissos de curto prazo das companhias estarem assegurados, os analistas afirmam: “isto deve eliminar a maioria dos investidores preocupados com o funcionamento deste mercado, aumentando a liquidez e reduzindo os custos dos empréstimos”.

Papéis despencam, mas Wall Street sobe

Refletindo a perspectiva de maiores rendimentos com a estatização das companhias, os papéis das principais instituições financeiras norte-americanas encerraram o pregão desta segunda-feira (8) no campo positivo, impulsionando os ganhos em Wall Street na sessão.

Já as ações da Fannie Mae e da Freddie Mac apresentaram movimento oposto e fecharam as negociações com expressivas perdas de 89,63% e 82,75%, respectivamente, em resposta às especulações de que o governo poderá tirar os papéis das agências da Bolsa.

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