G-20 foca na regulação de mercados e banco aposta na criação de órgão global

Equipe do Societe Generale enxerga possível criação de agência regulatória internacional, em sintonia com opinião do FMI

Thiago Gomes Amorim

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SÃO PAULO – Entre os eventos de maior peso na agenda desta semana, a reunião do G-20 na quinta-feira (2) em Londres ocupa papel de destaque por trazer como tema central a regulação do mercado financeiro mundial.

Segundo documento publicado pela organização, os dirigentes deverão discutir no encontro temas ligados às formas de reestruturar o sistema financeiro internacional, retomar o crescimento econômico e melhorar a eficiência das grandes instituições bancárias.

Alguns analistas consideram que o momento é de maior preocupação com o assunto, sobretudo após as críticas da China na última semana e o secretário do Tesouro dos EUA Timothy Geithner defender uma “mudança nas regras do jogo”.

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Consenso a caminho?

O papel dos emergentes também parece ter sido mais valorizado na pauta, sobretudo pelo desempenho que eles estão apresentando no contexto atual. “O comitê parece ter percebido a importância desses países não só para estabilizar as finanças, mas para ajudar a economia mundial a se recuperar”, disse o time do Societe Generale.

Na visão do banco francês, há razões para ter um “otimismo cauteloso” em relação ao futuro. Discutir as novas regras é um dos primeiros passos para dar início à criação de uma agência internacional reguladora, similar à Organização Mundial do Comércio.

Declarações amistosas

No mesmo sentido que o exposto pelo Societe Generale, o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e o presidente dos EUA, Barack Obama, já deixaram claro que têm o objetivo comum de ampliar a regulação nos hedge funds, nos bônus pagos aos grandes executivos e nas operações com derivativos.

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O economista-chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kenneth Rogoff, também defendeu a criação de um órgão internacional capaz de exercer essa função regulatória. “Isso parece uma certeza para daqui quatro ou cinco anos, já que essas coisas não acontecem rapidamente”, disse.

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