Ações do ING disparam 17% após banco requisitar os bônus pagos no último ano

Mais de mil funcionários deverão devolver o dinheiro à instituição; França promete lei contra as remunerações

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Em meio aos escândalos sobre o pagamento de bônus nos Estados Unidos, o grupo holandês ING, que recebeu uma ajuda de € 10 bilhões do governo para se manter solvente, pediu para 1,2 mil funcionários devolverem os bônus pagos em 2008.

Segundo um jornal holandês, foi expedida uma carta por parte da direção requisitando o montante pago, que chega à casa dos € 300 milhões. Na lista, estão 200 cargos de alto escalão do conglomerado, informa o periódico.

Além disso, o banco holandês irá utilizar o mesmo artifício para os bônus prometidos para este ano, informam agências internacionais, medida que deverá atingir todos os funcionários da instituição financeira.

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Com a medida, as ações do ING disparam mais de 17% na bolsa de Amsterdã na manhã desta segunda-feira (23).

Lei contra os bônus
Na França, líderes da situação planejam lançar uma lei que limite o pagamento de bônus aos executivos sob a forma de opções sobre ações ou ações, uma vez que os gestores não entraram em um acordo voluntário para limitar as parcelas das remunerações.

Após dias negociando, executivos sêniors do Société Générale renunciaram ao recebimento dos bônus prometidos em 2008, em virtude da pressão pública quanto aos fracos resultados apresentados no último ano.

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