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SÃO PAULO – O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff será criado um comitê especial para analisar os gastos públicos com lupa. Ele explicou que a análise seria feita tanto pelo viés financeiro quanto pelo da eficácia.
O comitê ficará sob responsabilidade dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento e da Controladoria Geral da União. As declarações foram feitas em entrevista à jornalista Miriam Leitão da GloboNews. “Nosso compromisso é aumentar a transparência na prestação de contas”, pontuou Barbosa.
Indagado sobre a falta de transparência da administração federal, o ministro disse que o Estado enfrenta dificuldades por causa da sua dimensão, mas sinalizou que o governo está ficando mais eficaz na prestação de contas.
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Além disso, Barbosa discordou que seria necessário diminuir o número de Ministérios no país, que totalizam 39. Para ele, os ministérios correspondem à diversidade e ao tamanho do país e explicou que eles não elevam os gastos consideravelmente.
Após polêmica em seu primeiro dia no governo, o ministro afirmou que a regra de reajuste anual do salário mínimo será mantida
em 2015. “As medidas fiscais novas dão espaço para manter a atual fórmula de reajuste do salário mínimo”, explicou, fazendo referência às mudanças em benefícios previdenciários e o pacote de cortes em despesas discricionárias divulgado nesta quinta-feira.
Ele explicou ainda que o aumento de salários dos parlamentares foi um reajuste soberano do Congresso e que o governo tem que acatar a decisão.
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O ministro destacou que as medidas econômicas do governo federal estão em sintonia com as opiniões do mercado e afirmou que a economia deve acelerar no segundo semestre de 2015 e que a consolidação acontecerá em 2016.
Em relação ao superávit fiscal, Barbosa reforçou que a meta fiscal para 2015 é de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) e garantiu que não é intenção do governo reduzi-la ao longo do ano, como foi feito em 2014 no contexto da contabilidade criativa. Além de explicar que a programação orçamentária é consistente com o cenário de mercado, o ministro disse que a situação fiscal ainda é delicada.