Ação em queda livre: veja como investidores sentem o risco de racionamento

As ações da Copasa batem menor patamar desde abril de 2009, com queda de 27% nos últimos 2 pregões

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – O aumento da probabilidade de um racionamento tem acionado alerta vermelho no mercado nos últimos dias. As preocupações atingiram um nível mais crítico na última sexta-feira, quando a Copasa (CSMG3) surpreendeu ao anunciar oficialmente o risco de racionamento de água. Até então, a empresa afirmava que os reservatórios estavam mais baixos, mas não a ponto de admitir a possibilidade de um racionamento, e que sua situação operacional estava melhor do que a de São Paulo.

A reação do mercado foi imediata: os papéis da Copasa abriram na máxima do dia na sexta-feira e fecharam no menor patamar, indo de R$ 22,76 a R$ 19,11, queda de 14,95%. Hoje, as ações seguem o mesmo movimento: depois de abrirem a R$ 18,89 caíram 13,34%, sendo cotadas a R$ 16,56, às 13h01 (horário de Brasília), próximas a mínima do dia (a R$ 16,34). Esse é o menor desde abril de 2009. Nos dois pregões, a queda é de 27%.

Na mesma toada, as ações da Sabesp (SBSP3) também desabam 13,6% na Bolsa nos últimos dois pregões. Hoje, a desvalorização era de 2,37%, a R$ 13,18. 

Continua depois da publicidade

Contribuindo para a percepção do mercado, hoje uma das consultorias mais respeitadas no setor de energia, a PSR calculou um risco superior a 50% de racionamento neste ano, sendo maior a chance de que ocorra do que o contrário, informou o Valor

Veja o gráfico diário da Copasa: 

CSMG3-intra