Risco de racionamento existe, então por que o BTG recomenda comprar elétricas?

Na cesta das recomendações do banco estão as ações da Equatorial, CPFL Energia, Copel, Energias do Brasil e Eletropaulo

Paula Barra

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SÃO PAULO – Contrariando o sentimento dos investidores nas últimas semanas, que têm vendido ações do setor elétrico a cada revisão de projeção da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) para chuvas, o BTG Pactual fez um relatório dizendo: não entre em pânico sobre a crise hídrica, as ações das elétricas ainda são uma boa opção. 

“Não estamos suficientemente convencidos de que uma mudança no ambiente vai alterar a análise dessas ações. Em um horizonte de 6 a 12 meses, há algumas ações que nos parece interessante”, disse Antonio Junqueira, chefe da equipe de analistas que assina o relatório do banco. 

Eles comentam que está claro que o chão das ações será atingindo apenas em um possível anúncio de racionamento – lembrando que elas ainda têm espaço para cair. “Mas como não somos traders, e sim analistas”, eles comentam: “o chão ainda não foi atingido, faz sentido, mas não ter nenhuma exposição hoje significa não só acreditar no racionamento, mas também apostar que haverá liquidez suficiente lá na frente para comprar a quantidade de ações necessária”.

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Por isso, eles argumentam que esse pode ser o momento entrar nos papéis do setor, justificando sua recomendação de compra para cinco ações – todas do segmento de distribuição. Na lista, Equatorial (EQTL3) e CPFL Energia (CPFE3) são os nomes preferidos dos analistas, mas eles comentam que Copel (CPLE6) e Energias do Brasil (ENBR3) estão “baratas” enquanto Eletropaulo (ELPL4) seria o nome mais arriscado.

A recomendação no segmento de distribuição basea-se em quatro pontos centrais: boa equipe de gestão das empresas, melhora no ambiente regulatório, capacidade das companhias em entregar retornos crescentes e um decente valuation. 

A hidrologia ainda é um fator determinante dos preços marginais, e vai continuar ditando o jogo no curto prazo, mas os fundamentos das companhias e o melhor ambiente regulatório deverá trazer os investidores de volta ao setor, disseram.

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