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SÃO PAULO – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou na última segunda-feira (25), no Diário Oficial da União uma resolução que autoriza a venda, por meio de leilão, de até 500 mil toneladas de milho dos estoques públicos. Antes do anúncio oficial, a ministra Kátia Abreu, que está afastada do cargo, havia informado sobre a venda do produto.
De acordo com a resolução publicada, o Preço de Liberação de Estoques (PLE) de milho é de R$ 17,50 por saca de 60 kg em Mato Grosso, estado que concentra 95% do estoque público do grão. O valor define o parâmetro de intervenção do governo federal na venda de estoques. Vale lembrar que o preço de abertura do leilão só será divulgado dois dias antes do certame.
De acordo com a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), o governo federal tem autonomia para vender estoques públicos quando o preço de mercado está acima do Preço de Liberação de Estoque. Na maior parte do país, o valor da saca de milho está acima dos R$ 17,50 fixados pelo Ciep. No município de Sapezal (MT), por exemplo, que fica numa região de grande produção do cereal, a saca está sendo negociada a R$ 23.
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Na última sexta-feira (22), a Conab divulgou que o primeiro leilão de 150 mil toneladas de milho por meio de leilão eletrônico, no dia 1º de fevereiro. O produto é destinado a criadores de aves, suínos e bovinos, além de cooperativas e indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base do cereal. As informações detalhadas estão disponíveis no edital da companhia.
As outras 350 mil toneladas serão leiloadas ainda nesta entressafra, de acordo com o ministro interino da Agricultura, André Nassar. “Entendo que a venda dos estoques governamentais de milho é a medida mais correta e oportuna para este momento em que o preço do cereal subiu muito devido à entressafra”, explicou Nassar. “Esse leilão vai dar um alívio ao mercado e tranquilidade aos consumidores”, completou.