Publicidade
SÃO PAULO – O noticiário corporativo já se inicia agitado na manhã desta sexta-feira, última sessão após o feriado prolongado de Carnaval; a Bovespa volta a negociar apenas na quarta-feira, a partir das 13 horas (horário de Brasília). Confira abaixo os principais destaques corporativos desta sexta-feira (5):
Petrobras
O governo brasileiro deixou a Petrobras (PETR3;PETR4) de lado nas negociações para a renovação do acordo de compra de gás da Bolívia, que vence em 2019. Segundo informações do jornal O Globo, em vez de um negócio feito entre as estatais Petrobras e YPFB, como ocorreu em 1999, a ideia do governo é promover um chamamento público a empresas em geral que queiram atuar no gasoduto pelo lado brasileiro, uma vez que há grupos privados e empresas de gás estaduais interessadas em atuar nos diferentes serviços envolvendo o acordo, como o de comercialização.
A Bolívia pressiona o Brasil desde o ano passado a antecipar a renovação do acordo, como forma de assegurar a continuidade da demanda. Os vizinhos temem que a exploração do pré-sal reduza a atratividade do produto. Segundo o jornal, o Brasil ainda está conversando com investidores interessados em prestar os serviços necessários para atuação no Gasbol, o Gasoduto Bolívia-Brasil.
Continua depois da publicidade
Ainda sobre a companhia, a plataforma FPSO 7 chegou ao Campo de Lula em dezembro, afirmou o BG Group.
Vale
A mineradora Vale (VALE3;VALE5) desistiu de fazer parte de uma joint venture com a canadense Southern Arc no projeto de East Elang, na Indonésia, enquanto busca focar nos seus principais negócios, como minério de ferro, em momento de baixa dos preços das commodities.
A informação foi publicada nesta quinta-feira, pela Southern Arc, em um comunicado. A joint venture estava prevista em um acordo assinado entre ambas as companhias em outubro de 2010.
Continua depois da publicidade
East Elang está em uma área adjacente a depósito de ouro e cobre, informou a canadense.
“Enquanto estamos claramente decepcionados com a decisão da Vale, entendemos a necessidade da empresa de reorientar os seus dólares na exploração de outros lugares”, afirmou o presidente da Southern Arc, John Proust, no comunicado.
A Southern Arc informou que continuará a procurar oportunidades para o desenvolvimento do projeto. Procurada, a Vale afirmou que não tem comentários adicionais sobre o tema.
Continua depois da publicidade
Ainda sobre a mineradora, o governo de Minas Gerais e as prefeituras das 35 cidades do Estado atingidas pela lama que vazou da barragem da Samarco irão cobrar ao menos R$ 1,2 bilhão em prejuízos materiais da mineradora e de suas controladoras, a Vale e a BHP Billiton, por conta da tragédia ocorrida no município de Mariana.
O valor foi calculado levando em conta os danos causados a propriedades privadas que vão de Mariana à divisa com o estado do Espírito Santo. Também foram levados em conta os gastos estaduais e municipais com o desastre.
Bradesco e BB
O Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3), que já controlam a Cielo, avançaram nas negociações para adquirir os 49% da adquirente Elavon, correspondente à participação do Citi, segundo apurou o Broadcast. O negócio está para ser fechado desde a última sexta-feira (29), conforme fontes, e deve ser anunciado nos próximos dias. Na mesa, de acordo com as mesmas fontes, restavam ainda alguns detalhes pendentes, além de formalidades.
Continua depois da publicidade
JBS
Em nota para clientes, o BTG Pactual alertou para a ação da JBS (JBSS3) nesta sessão. O resultado da Bachoco (maior produtora de frango do México) mostrou margem caindo 15% no 4° trimestre de 2014 para 6,4% no 4° trimestre de 2015, por conta de aumento de oferta por lá.
A leitura é importante para a Pilgrims, uma vez que os mercados do México e Estados Unidos são bastante integrados. Resultado de Tyson de hoje também pode trazer uma leitura importante para o papel. O BTG lembrou, no entanto, que já trabalha com margem em queda nas operações da Pilgrims lá fora, de 18,4% para 8,8%, apostando na virada do ciclo.
Cosan
O Credit Suisse rebaixou as ações da Cosan (CSAN3) para neutra, com preço-alvo de R$ 27,00 por ação. O banco manteve as recomendações de outperform para São Martinho (SMTO3) e Biosev (BSEV3), com preços-alvos de R$ 60,00 e R$ 12,00, respectivamente.
Continua depois da publicidade
A São Martinho segue como top pick do banco no setor. A Biosev vem em seguida, mas devido à baixa liquidez da ação e a alta alavancagem (dívida líquida/Ebitda de 3,9 vezes), os analistas preferem a São Martinho. Por último é a Cosan, que o banco tem uma visão mais cautelosa.
Lojas Renner
A Lojas Renner (LREN3) informou nesta quarta-feira lucro líquido de R$ 251,5 milhões no quarto trimestre, avanço de 15% sobre o mesmo período um ano antes. A média das estimativas de analistas apontava para lucro de R$ 254 milhões. A receita líquida subiu 10% no trimestre, encerrando dezembro de R$ 1,83 bilhão, com as vendas nas mesmas lojas (abertas há mais de 12 meses) subindo 4,5% no período.
O BTG Pactual destacou que a companhia ainda conseguiu mostrar expansão nas vendas nas mesmas lojas, mesmo com a base de comparação mais difícil. No 4° trimestre de 2014, a companhia teve crescimento de 17,3% no segmento. O banco lembra também que a empresa será a única a crescer no segmento mesmas lojas do setor de varejo, o que confirma boa execução.
No quarto trimestre, novembro teve um resultado de vendas “um pouco abaixo”, com um final de semana a menos, uma base de comparação alta em relação a 2014 e o ambiente promocional, com Black Friday. Os clientes esperaram um pouco para as compras de Natal, segundo Gomes.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 491,7 milhões, alta de 5,6% na mesma base de comparação. “O ano foi muito bom… mesmo diante do ambiente promocional desde maio e um mercado bem competitivo, conseguimos desempenho acima do varejo”, disse o executivo. No fechado de 2015, o lucro da Renner subiu 22,8%, a R$ 578,8 milhões. Gomes vê um “cenário desafiador em 2016” e espera um aumento das vendas este ano mais moderado em relação ao ano passado.
Ainda sobre a companhia, Conselho de Administração da varejista de moda aprovou a prorrogação do contrato do diretor-presidente, José Galló, por mais dois anos, a contar a partir de 1º de janeiro de 2017, segundo ata de reunião divulgada na noite de quinta-feira. Segundo o site de relações com investidores da empresa, a primeira eleição de José Galló na companhia foi em 1991.
TIM
A TIM Participações (TIMP3) divulgou os resultados do quarto trimestre e de 2015. A companhia fechou o ano com um lucro de R$ 2,07 bilhões, 33,9% acima do ano anterior; nos últimos três meses do ano, a alta do lucro foi de 3,3%, somando R$ 475,58 mil.
O Ebitda recorrente (excluindo a venda de torres) teve queda anual de 2,6% em 2015 (para R$ 6,06 bilhões) e de 4,5% (para R$ 1,514 bilhão) no quarto trimestre principalmente devido a um ambiente macroeconômicomais difícil,impacto do corte da VU-M e migração de serviços de voz para dados, informou a companhia. A receita líquida somou R$ 4,12 bilhões no quarto trimestre, ante estimativa de R$ 4,26 bilhões.
Em teleconferência, o presidente da TIM, Rodrigo Abreu, disse que vai propor 25% do lucro ajustado como dividendos para 2015. Para ele, a receita de dados vai superar voz em 2016.
Cremer
A Cremer (CREM3) divulgou os seus números de 2015, com uma receita líquida de R$ 874,4 milhões no ano, 32% acima de 2014. O Ebitda de R$ 104,1 milhões, 6,5% acima de 2014, com Margem Ebitda de 11,9%. O lucro líquido foi de R$ 25,7 milhões, 21,5% abaixo de 2014 e com margem Líquida de 2,9%.
A companhia ainda anunciou que seu controlador, FIP Tambaqui, celebrou acordo de investimento com a HS Aquisições Holding, do grupo Henry Schein, que prevê uma cisão parcial da companhia, de acordo com comunicado divulgado na madrugada desta sexta-feira. A CSM Solutions, sociedade controlada pelo FIP Tambaqui, receberá 91,68% do capital social da Dental Cremer. Na sequência, o grupo Henry Schein comprará ações representativas de 94,32% do capital da CMN. De acordo com a Cremer, 100% das ações da CMN, equivalentes a 90,28% da Dental Cremer, foram avaliadas por R$ 239,2 milhões.
Oi
A Anatel adiou a decisão sobre a proposta da Oi (OIBR4) sobre multas no valor de R$ 1,2 bilhão para 18 de fevereiro. A proposta da Oi é trocar o pagamento de multas de R$ 1,2 bilhão por investimentos.
Brasil Pharma
A Brasil Pharma (BPHA3) recomprou 355 debêntures da terça emissão por um valor de R$ 389,7 milhões. O debenturista é o BTG Pactual Prop Feeder.
Itaúsa
A BlackRock informou que alienou ações da Itaúsa (ITSA4) e possui atualmente 4,99% das ações preferenciais da companhia.
Dasa
O Oppenheimer enviou comunicado ao mercado informando que reduziu a participação nas ações da Dasa (DASA3) para 0,198% dos papéis ordinários.
Valid
A Valid (VLID3) anunciou programa de recompra de até um milhão de ações ordinárias, ou aproximadamente 1,5% das ações em circulação. O prazo para a recompra conta a partir desta data e expirará em 1 de fevereiro de 2017.
O Ebitda recorrente (excluindo a venda de torres) teve queda anual de 2,6% em 2015 (para R$ 6,06 bilhões) e de 4,5% (para R$ 1,514 bilhão) no quarto trimestre principalmente devido a um ambiente macroeconômicomais difícil,impacto do corte da VU-M e migração de serviços de voz para dados, informou a companhia. A receita líquida somou R$ 4,12 bilhões no quarto trimestre, ante estimativa de R$ 4,26 bilhões.
Contax
A Contax (CTAX11) afirmou que foram verificadas condições de eficácia para alongamento do endividamento financeiro. A companhia convocará novas assembleias gerais de debenturistas da 1ª, 2ª e 3ª emissões para deliberar sobre extensão do prazo para verificação das condições de eficácia.
Souza Cruz
A Souza Cruz, que fechou o capital no final do ano passado, anunciará o fechamento imediato de uma fábrica no Rio Grande do Sul, no município de Cachoerinha após a escalada do IPI, segundo informações do Valor Econômico. A fábrica produz 12 bilhões de unidades de cigarros ao ano, de um total pouco maior que 50 bilhões produzidos pela companhia no Brasil.
“Não é uma decisão tomada por vontade própria, mas pela existência de uma escalada expressiva no aumento de impostos, que vem prejudicando o consumo”, afirmou o diretor financeiro da empresa, Leonardo Senra, ao jornal. Nesta semana, o governo anunciou aumento do IPI sobre cigarros a partir de maio. A alíquota atual, de 60%, valerá até 30 de abril, subindo para 63,3% a partir de 1º de maio, e depois terá nova alta em 1º de dezembro, para 66,7%. A medida afeta os preços do maço, box e vintena dos produtos.
Leia também:
Carteira InfoMoney bateu Ibovespa em 8 pontos em janeiro; você já baixou?
Analista-chefe da XP diz o que gostaria de ter aprendido logo que começou na Bolsa