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SÃO PAULO – Além dos elevados custos de produção, durante a época de plantio, as lavouras do Tocantins sentiram a falta de chuvas e os números finais da safra podem chegar a 3,8 milhões de toneladas em 2015/16, redução de 9,8% em relação à safra anterior, segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Diante do estresse hídrico, o governo do Estado elaborou um estudo técnico para avaliar a distribuição de chuvas nas lavouras. O levantamento indicou que o El Niño foi o principal responsável pelo desequilíbrio no calendário das águas no Tocantins, que tem períodos de chuva bem definidos, acontecendo entre os meses de outubro e maio.
De acordo com o estudo, em todo o Tocantins o semestre mais chuvoso acontece nos meses de outubro a março, com valores máximos ocorrendo geralmente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, representando 90% da precipitação média anual que se enquadra em um regime de chuvas nitidamente tropical.
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No entanto, foram observados baixos índices de precipitações nos meses de junho, julho e agosto do ano passado, cujo volume não totaliza 10,0 mm, contribuindo com pouco menos de 1% para o total anual, fato que prejudicou o plantio de grãos como a soja e o milho.
Segundo José Luiz Cabral da Silva Júnior, meteorologista do Nemet/RH, o El Niño segue em pleno desenvolvimento, a previsão de término do fenômeno é somente em junho, até lá a tendência continua de baixa precipitação.