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SÃO PAULO – Em uma sessão bastante negativa para o setor siderúrgico, um movimento chamou atenção já no leilão de fechamento: a Usiminas (USIM5), que tinha queda de cerca de 2% até os minutos finais do pregão desta terça-feira (8), fechou com alta de 6,16%, a R$ 1,55 e entre as maiores altas do dia. O movimento só não chamou mais atenção porque recentemente os papéis da companhia tiveram forte volatilidade, mas uma notícia pode explicar o que aconteceu.
Segundo informações da Bloomberg, a ítalo-argentina Ternium defendeu nesta tarde uma negociação para prolongar o vencimento das dívidas da siderúrgica, que atualmente corre o risco de precisar pedir recuperação judicial. E isso foi o suficiente para trazer novo ânimo para os investidores, já que a siderúrgica necessita desesperadamente de ajuda.
Para completar, fontes da Reuters disseram que a Nippon Steel vai propor um aumento de capital de cerca de R$ 1 bilhão e está disposta a bancar sozinha a injeção de recursos caso outros sócios na siderúrgica brasileira não queiram participar da operação. O objetivo é que a aprovação do aumento de capital pelo Conselho da companhia ajude a convencer bancos credores a aceitarem carência no vencimento de dívidas de curto prazo que ameaçam a solvência da empresa. A reunião do Conselho de Administração da Usiminas está marcada para a sexta-feira.
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A expectativa do grupo japonês é que a injeção de recursos via aumento de capital possa ocorrer três meses após o Conselho da Usiminas aprovar a operação, considerada pela Nippon como única saída para evitar que a siderúrgica brasileira seja obrigada a fazer um pedido de recuperação judicial, disse a fonte que pediu para não ser identificada.
No mês passado, o jornal O Estado de S. Paulo já havia afirmado que a Usiminas, a Nippon Steel e a Ternium iriam se reunir para discutir um plano de reestruturação para a companhia.
Na reunião do conselho de administração, realizada no dia 17 de fevereiro, ficou acordado que os sócios iriam se reunir no início de março para traçar um plano de reestruturação para a companhia. As discussões giraram em torno da necessidade de um aporte de capital, mudança de gestão e renegociação das pesadas dívidas da Usiminas com os bancos. Porém, a projeção é que somente um aporte de capital, estimado entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, não será suficiente para dar fôlego ao grupo.
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