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SÃO PAULO – Esperando um fraco desempenho neste trimestre, mas apontando sinais de recuperação para os próximos anos, o UBS reiterou sua recomendação de compra para as ações da Duratex (DURA4) e da Satipel (SATI3), elevando o preço alvo da primeira de R$ 26,00 para R$ 35,60 – potencial de valorização de 25%. Já a previsão para os papéis da Satipel continuam em R$ 14,00, o que representa um upside de 32%.
A equipe de análise do banco acredita que a fusão
envolvendo as duas companhias – anunciada no final de junho, resultando na criação da maior indústria de painéis de madeira industrializada do hemisfério sul – irá formar numa empresa forte, com cerca de 42% de participação num mercado que cresceu excessivamente nos últimos dez anos.
Além disso, a expectativa dos analistas da instituição financeira é de que o cenário futuro seja mais propício para o desenvolvimento do setor, com menor taxa básica de juro e a retomada do crédito alimentando as expectativas de recuperação da demanda a partir de 2010.
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Outros pontos levantados pelo banco suíço são os estímulos governamentais para o consumo de bens duráveis e para o setor imobiliário, o que reforça ainda mais as projeções de resultados positivos para os próximos anos, sendo esperado uma expansão de 30% no Ebitda (geração operacional de caixa) da companhia unida em 2010; e 40% de evolução em 2011.
Segundo trimestre: previsão de queda
Apesar das premissas positivas em torno dos próximos exercícios da nova Duratex, a estimativa dos especialistas do UBS para o resultado pró forma do segundo quarto deste ano é menos otimista, principalmente pelo desempenho da Satipel no trimestre, que foi prejudicado por problemas de produção com uma de suas fábricas, localizada em Uberaba, Minas Gerais.
Com isso, a estimativa para o período é de que as duas empresas juntas apresentem um Ebitda de R$ 129 milhões, número 5% menor do que o registrado no trimestre anterior e 31% abaixo em relação aos mesmo três meses de 2008.
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Já a receita líquida pró forma esperada é de R$ 529 milhões, o que mostra um crescimento de 3% em comparação ao primeiro trimestre do ano, mas ainda registra recuo de 11% na passagem anual.
Por fim, o lucro líquido esperado, de R$ 54 milhões, registra um recuo de 11% na passagem trimestral e de 50% em relação ao ano passado.