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SÃO PAULO – Apesar de ter sido fortemente impactada pela crise financeira no primeiro semestre do ano, as perspectivas positivas em torno da forte expansão do setor imobiliário brasileiro contribuíram para que a Spinelli recomendasse a compra das ações da Satipel (SATI3), projetando um preço-alvo de R$ 13,20 – upside de 21% frente o fechamento desta terça-feira (22).
A companhia anunciou em junho a incorporação da Duratex (DURA4), formando uma nova empresa – a Duratex S.A. – cujas ações serão negociadas a partir de outubro sob o código DTEX3.
Analisando o desempenho de cada uma das companhias, os analistas da instituição afirmam que ambas sofreram com as consequências do colapso financeiro durante o primeiro semestre. A Duratex viu sua demanda recuar no segmento de Madeira, ao passo que na divisão Deca o aumento de sua participação de mercado não conseguiu superar a queda nos preços oferecidos.
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Já a Satipel viu seus indicadores de desempenho recuarem tanto na passagem trimestral quanto na anual, em virtude da combinação de queda dos preços dos produtos, gastos de ociosidade e indenizações trabalhistas.
Recuperação guiada pelo setor imobiliário
Apesar dos fracos números apresentados nos primeiros seis meses do ano pelas duas companhias, os especialistas acreditam que o “pior parece ter ficado para trás”, creditando essa expectativa ao cenário mais propício que a economia brasileira se encontra.
Além disso, os incentivos governamentais para a expansão da construção civil no País contribuem diretamente para o desempenho da Duratex, visto que a empresa tem forte participação na fabricação de metais sanitários. Com isso, os diversos estímulos do Estado para a atividade construtora acabam favorecendo seu resultado operacional.
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Assim, a corretora destaca, dentre outros pontos, a prorrogação da isenção do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) até o final do ano, os planos de incentivo para moradia, a retomada dos planos de construção e a captação de novos recursos pelas empresas do setor e o interesse dos bancos em aumentar a disponibilidade de crédito imobiliário ou para compra de material de construção.