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SÃO PAULO – Após a surpresa com a vitória já anunciada de Donald Trump nas eleições norte-americanas, os apoiadores da candidata derrotada pelo partido democrata, Hillary Clinton, já começaram a atacar com maior intensidade o diretor do FBI (Federal Bureau of Investigation), James Comey.
Para muitos, ele foi um dos grandes responsáveis pelo resultado eleitoral, tendo em vista as investigações sobre o caso dos e-mails da ex-secretária de Estado do país. Onze dias antes das eleições, Comey reabriu análise sobre o uso irregular da conta de e-mail privado de Hillary para assuntos secretos de política externa.
Apesar de as investigações terem sido fechadas no último fim de semana, acredita-se que o estrago podia já estar feito àquela altura. A imagem de pessoa pouco confiável e que omitia informações relevantes já estava amplamente associada a Hillary Clinton — o que teria comprometido profundamente seus planos de suceder Barack Obama na Casa Branca.
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Tal hipótese é levantada em reportagem do Washington Post, que diz que a nova observação sobre o uso irregular da conta privada de e-mail de Hillary provocou a lembrança de muitos eleitores do que era a maior fraqueza da democrata: verdade. Cerca de 62% dos votantes disseram à recente pesquisa The Post-ABC News que ela era desonesta.
Em julho, quando Comey anunciou que o FBI não recomendaria punição a Hillary pela prática, a maioria dos eleitores consultados em pesquisa dizia que o resultado da investigação naquele momento não impactava em seus votos e impressões sobre a candidata.